Testemunhos Reais de Tempos que Voltarão a Existir

terça-feira, 5 de maio de 2009

Gostaria de usar este espaço com objetivo de mostrar como foi comum a vida de sofrimento e martírio entre os irmãos de toda historia. Claro que não buscavam essa vida de sofrimento, mas todas as vezes que suas vidas de comunhão eram colocadas a prova e sua fé era testada, lá estavam estes fieis irmãos que por amarem mais ao Senhor do que suas próprias vidas logo não temiam e se entregavam como libação ao Senhor. Minha intenção é nos fazer pensar. Será que se fossemos colocados a prova ate a morte por amor ao nosso Senhor Jesus seriamos um com estes irmãos que venceram estas inúmeras encruzilhadas? Se tivermos que passar pela tão temida grande tribulação que está prevista a séculos pelas escrituras, teremos esses irmãos como exemplo de vencedores e fidelidade ao Senhor e a Sua Palavra? Precisamos começar a pensar nestas coisas. Pelo que o Senhor tem nos mostrado estamos próximos de viver este tempo tão terrível. E a nossa fidelidade e confiança será colocada a prova a toda prova. Fome, perseguição, martírio, torturas e muito mais, será tempo de muita dor e aflição, mas que o Senhor ira recompensar com uma eternidade de vida abundante no seu conhecimento e na sua presença. Jamais sairemos, seremos colunas na sua casa eterna, ou seja, sustentaremos seu testemunho e verdade para todo sempre, nunca mais haverá dor e nem lagrimas seremos seus filhos com toda plenitude da palavra, filhos que vivem debaixo da sombra de seu Pai. Ao imaginarmos esse tempo nos faz pedir MARANATA! Ora venha Senhor Jesus.

Mas gostaria de colocar aqui vários testemunhos como exemplo para que nós não ficássemos isolados destes acontecimentos que ocorreram com nossos irmãos. Iremos dividir em testemunhos específicos em seu tempo cronológico, testemunhos de martírio causado por imperadores e papas assassinos. Creio ser suficiente para nos dar um panorama geral de como tem sido a historia de nossos irmãos por todos estes séculos de perseguição e martírios. E tenho a certeza que em nosso país há outra realidade, porque houve uma espécie de casamento com o mundo(pérgamo), aceitamos toda espécie de idolatria, costumes pagãos, distorcemos a bíblia para aceitarmos o mundo e sermos aceito por eles, etc., mas creio que este tempo vai cessar e o verdadeiro evangelho de Cristo vai ser revelado, os demais terão que renunciar sua fé apostata e sua vida ímpia. Que venha então a grande tribulação e coloque tudo nos trilhos novamente como foi nos anos anteriores aos nossos.


Os Irmãos Mártires - Testemunhos que Precisam ser Conhecidos pela Igreja Atual

Irmão Estevão foi o seguinte a padecer. Sua morte foi ocasionada pela fidelidade com a que predicou o Evangelho aos entregadores e matadores de Cristo. Foram excitados eles a tal grau de fúria, que o expulsaram fora da cidade, apedrejando-o até matá-lo. a época em que sofreu supõe-se geralmente como a Páscoa posterior à da crucifixão de nosso Senhor, e na época de Sua ascensão, na seguinte primavera. A continuação suscitou-se uma grande perseguição contra todos os que professavam a crença em Cristo como Messias, ou como profeta. Lucas nos diz de imediato que "fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém", e que "todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos" (Atos 8:1, ACF).

Em volta de dois mil cristãos, incluindo Nicanor, um dos sete diáconos, padeceram o martírio durante a "tribulação suscitada por causa de Estevão" (Atos 11:9, PJFA).

O seguinte mártir que encontramos no relato segundo Lucas, na História dos Atos dos Apóstolos, é Tiago, filho de Zebedeu, irmão mais velho de João e parente de nosso Senhor, porque sua mãe Salome era prima irmã de Maria, mãe de Jesus. Não foi até dez anos depois da morte de Estevão que teve lugar este segundo martírio. Aconteceu que tão pronto como Herodes Agripa foi designado governador da Judéia que, com o propósito de congraçar-se com os judeus, suscitou uma intensa perseguição contra os cristãos, decidindo dar um golpe eficaz, e lançando-se contra seus dirigentes. Não se deveria passar por alto o relato que dá um eminente escritor primitivo, Clemente de Alexandria. Nos diz que quando Tiago estava sendo conduzido ao lugar de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento, caindo a seus pés para pedi-lhe perdão, professando-se cristão e decidindo que Tiago não receberia sozinho a coroa do martírio. Por isso, ambos foram decapitados juntos. Assim recebeu, resoluto e bem disposto, o primeiro mártir apostólico aquele cálice que ele tinha dito ao Salvador que estava disposto a beber. Timão e Parmenas sofreram o martírio por volta daquela época; o primeiro em Filipos, e o segundo na Macedônia. Estes acontecimentos tiveram lugar no 44 d.C.

Felipe nasceu em Betsaida da Galiléia, e foi chamado primeiro pelo nome de "discípulo". Trabalhou diligentemente na Ásia Superior, e sofreu o martírio em Heliópolis, na Frigia. Foi acoitado, encarcerado e depois crucificado, no 54 d.C.

Mateus era arrecadador de impostos, e tinha nascido em Nazaré. Escreveu seu evangelho em hebraico, que foi depois traduzido ao grego por Tiago o Menor. Os cenários de seus trabalhos foram Partia e a Etiópia, país no que sofreu o martírio, sendo morto com uma lança na cidade de Nadaba no ano 60 d.C.

Tiago o Menor, alguns supõem que se tratava do irmão de nosso Senhor. Foi escolhido para supervisar as igrejas de Jerusalém, e foi o autor da Epístola ligada a Tiago. A idade de noventa e nove anos foi espancado e apedrejado pelos judeus, e finalmente abriram-lhe o crânio com um cacetete.

De Matias se sabe menos que da maioria dos discípulos; foi escolhido para encher a vaga deixada por Judas. Foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado.

André, irmão de Pedro, predicou o evangelho a muitas nações da Ásia; mas ao chegar a Edessa foi apreendido e crucificado numa cruz cujos extremos foram fixados transversalmente no chão. Daí a origem do termo de Cruz de Santo André.

Marcos nasceu de pais judeus da tribo de Levi. Supõe-se que foi convertido ao cristianismo por Pedro, a quem serviu como amanuense, e sob cujo cuidado escreveu seu Evangelho em grego. Marcos foi arrastado e despedaçado pelo populacho de Alexandria, em grande solenidade de seu ídolo Serapis, acabando sua vida em suas implacáveis mãos.

Pedro, entre muitos outros santos, o bem-aventurado apóstolo Pedro foi condenado a morte e crucificado, como alguns escrevem, em Roma; embora outros, e não sem boas razões, tenham dúvidas a esse respeito. Hegéssipo diz que Nero buscou razões contra Pedro para dá-lhe morte; e que quando o povo percebeu, rogaram-lhe insistentemente que fugisse da cidade. Pedro, ante a insistência deles, foi finalmente persuadido e se dispus a fugir. Porém, chegando até a porta viu o Senhor Cristo acudindo a ele e, adorando-o, lhe disse: "Senhor, aonde vãs?" ao que ele respondeu: "A ser de novo crucificado". Com isto, Pedro, percebendo que se referia a seu próprio sofrimento, voltou à cidade. Jerônimo diz que foi crucificado de cabeça para abaixo, com os pés para cima, a petição dele, porque era, disse, indigno de ser crucificado da mesma forma que seu Senhor.

Também o apóstolo Paulo, após seu enorme trabalho e obra indescritível para promover o Evangelho de Cristo, sofreu também sob esta primeira perseguição sob Nero. Diz Obadias que quando se dispus sua execução, Nero enviou dois de seus cavaleiros, Ferega e Partémio, para que lhe dessem a notícia de que ia ser morto. Ao chegarem a Paulo, que estava instruindo o povo, pediram-lhe que orasse por eles, para que eles acreditassem. Ele disse-lhe que em breve acreditariam e seriam batizados diante de seu sepulcro. Feito isso, os soldados chegaram e o tiraram da cidade para o lugar das execuções, onde, depois de ter orado, deu seu pescoço à espada.

Judas irmão de Tiago, era comumente chamado Tadeu. Foi crucificado em Edessa o 72 d.C.

Bartolomeu predicou em vários países, e tendo traduzido o Evangelho de Mateus na linguajem da Índia, o propalou naquele país. Finalmente foi cruelmente açoitado e logo crucificado pelos agitados idólatras.

Tomé, chamado Dídimo, predicou o Evangelho em Partia e na Índia, onde por ter provocado a fúria dos sacerdotes pagãos, foi martirizado, sendo atravessado com uma lança.

Lucas, o evangelista foi autor do Evangelho que leva seu nome. Viajou com Paulo por vários países, e se supõe que foi pendurado de uma oliveira pelos idólatras sacerdotes da Grécia.

Simão, apelidado de zelote, predicou o Evangelho na Mauritânia, África, inclusive na Grã Bretanha, país no qual foi crucificado em 74 d.C.

João, o "discípulo amado" era irmão de Tiago o Maior. As igrejas de Esmirna, Sardes, Pérgamo, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira foram fundadas por ele. Foi enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeiro de óleo fervendo. Escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciano desterrou posteriormente na ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Nerva, o sucessor de Domiciano, o libertou. Foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.

Barnabé era de Chipre, porém de ascendência judia. Supõe-se que sua morte teve lugar por volta do 73 d.C.

E apesar de todas estas contínuas perseguições e terríveis castigos, a Igreja crescia diariamente, profundamente arraigada na doutrina dos apóstolos e dos varões apostólicos, e regada abundantemente com o sangue dos santos.

Timóteo, o célebre discípulo de junto com Paulo, foi bispo de Éfeso, onde compartilhou a palavra zelosamente na Igreja até o 97 d.C. neste tempo, quando os pagãos estavam para celebrar uma festa chamada Catagogião, Timóteo, enfrentando-se à procissão, os repreendeu severamente por sua ridícula idolatria, o que exasperou de tal modo a plebe que caíram sobre ele com paus, e o espancaram de maneira tão terrível que expirou dois dias depois pelo efeito dos golpes.

Plínio o Jovem, homem erudito e famoso, vendo a lamentável matança de cristãos, e movido por ela à compaixão, escreveu a Trajano, comunicando-lhe que havia muitos milhares deles que eram mortos a diário, que não tinham feito nada contrário à lei de Roma, motivo pelo qual não mereciam perseguição. "Tudo o que eles contavam acerca de seu crime ou erro (como deva chamar-se) só consistia nisto: que costumavam reunir-se em determinado dia antes do amanhecer, e repetirem juntos uma oração composta de honra de Cristo como Deus, e em comprometer-se por obrigação não certamente a cometer maldade alguma, senão ao contrário, a nunca cometer furtos, roubos ou adultério, a nunca falsear a palavra, a nunca defraudar ninguém; depois do qual era costume separar-se, e voltar a reunir-se depois para participar em comum de uma comida inocente".

Nesta perseguição sofreram o bem-aventurado mártir Inácio, quem é tido em grande reverência entre muitos. Este Inácio tinha sido designado para o bispado de Antioquia, seguindo a Pedro na sucessão. Alguns dizem que ao ser enviado da Síria para a Roma, porque professava a Cristo, foi entregue às feras para ser devorado. Também se diz dele que quando passou pela Ásia (a atual Turquia), estando sob o mais estrito cuidado de seus guardiões, fortaleceu e confirmou as igrejas por todas as cidades por onde passava, tanto com suas exortações como predicando a Palavra de Deus. Assim, tendo negado a Esmirna, escreveu à Igreja de Roma, exortando-os para que não empregassem médio algum para libertá-lo de seu martírio, não fosse que o privassem daquilo que mais anelava e esperava. "Agora começo a ser um discípulo. nada me importa das coisas visíveis ou invisíveis, para poder somente ganhar a Cristo. Que o fogo e a cruz, que manadas de bestas selvagens, que a ruptura dos ossos e a dilaceração de todo o corpo, e que toda a malícia do diabo venham sobre mim; assim seja, se só puder ganhar a Cristo Jesus!". E inclusive quando foi sentenciado a ser lançado às feras, tal era o ardente desejo que tinha de padecer, que dizia, cada vez que ouvia rugir os leões: "Sou o trigo de Cristo; vou ser moído com os dentes de feras selvagens para que possa ser achado pão puro".

Adriano, o sucessor de Trajano, prosseguiu esta perseguição com tanta severidade como seu antecessor. Por volta desta época foram martirizados Alexandre, bispo de Roma, e seus dois diáconos; também Quirino e Hermes, com suas famílias; Zeno, um nobre romano, e por volta de outros dez mil cristãos.

Muitos foram crucificados no Monte Ararate, coroados de espinhos, sendo traspassados com lanças, em imitação da paixão de Cristo. Eustáquio, um valoroso comandante romano, com muitos êxitos militares, recebeu a ordem de parte do imperador de unir-se a um sacrifício idólatra para celebrar algumas de suas próprias vitórias. Porém sua fé (pois era cristão de coração) era tanto maior que sua vaidade, que recusou nobremente. Enfurecido por esta negativa, o ingrato imperador esqueceu os serviços deste destro comandante, e ordenou seu martírio e o de toda sua família.

No martírio de Faustines e Jovitas, que eram irmãos e cidadãos de Bréscia, tantos foram seus padecimentos e tão grande sua paciência, que Calocério, um pagão, contemplando-os, ficou absorto de admiração e exclamou, num arrebato: "Grande é o Deus dos cristãos!", pel qual foi preso e foi-lhe feito sofrer parelha sorte.

Muitas outras crueldades e rigores tiveram de padecer os cristãos, até que Quadratus, bispo de Atenas, fez uma erudita apologia em seu favor perante o imperador, que estava então presente, e Aristides, um filósofo da mesma cidade, escreveu uma elegante epístola, o que levou Adriano a diminuir sua severidade e a ceder em favor deles.

Adriano, ao morrer no 138 d.C., foi sucedido por Antonino Pio, um dos mais gentis monarcas que jamais reinou, e que deteve as perseguições contra os cristãos.

Marco Aurélio sucedeu no trono no ano 161 de nosso Senhor, era um homem de natureza mais rígida e severa, e embora elogiável no estudo da filosofia e em sua atividade de governo, foi duro e feroz contra os cristãos, e desencadeou a quarta perseguição.

As crueldades executadas nesta perseguição foram de tal calibre que muitos dos espectadores se estremeciam de horror ao vê-las, e ficavam atônitos ante o valor dos sofredores. Alguns dos mártires eram obrigados a passar, com os pés já feridos, sobre espinhas, pregos, aguçadas conchas, etc., colocados em ponta; outros eram açoitados até que ficavam à vista seus tendões e veias e, depois de ter sofrido os mais atrozes sofrimentos que puderam inventar-se, eram destruídos pelas mortes mais temíveis.

Germânico, um homem jovem, porém verdadeiro cristão, sendo entregue às feras a causa de sua fé, se conduziu com um valor tão assombroso que vários pagãos se converteram naquela fé que inspirava tal arrojo.

Policarpo, ocultou-se ao ouvir que estavam procurando-o, mas foi descoberto por uma criança. Depois de dar uma comida aos guardas que o haviam prendido, pediu-lhes uma hora de oração, o que lhe foi permitido, e orou com tal fervor que os guardas que o haviam prendido lamentaram tê-lo feito. Contudo, levaram-no ante o pró-cônsul, e foi condenado e queimado na praça do mercado.

O pró-cônsul o pressionou, dizendo: "Jura, e dar-te-ei a liberdade: blasfema contra Cristo".
Policarpo respondeu-lhe: "Durante oitenta e seis anos tenho servido Ele, e nunca me fez mal algum: Como iria eu a blasfemar contra meu Rei, que me salvou?" Na estaca foi somente amarrado, e não pregado segundo o costume, porque assegurou-lhes que ia a ficar imóvel; ao acender-se a fogueira, as chamas rodearam seu corpo, como um arco, sem tocá-lo; então deram ordem ao carrasco para traspassá-lo com sua espada, com o qual manou tal quantidade de sangue que apagou o fogo. Não obstante se deu ordem, por instigação dos inimigos do Evangelho, especialmente os judeus, que seu corpo fosse consumido na fogueira, e a petição de seus amigos, que desejavam dar-lhe cristã sepultura, foi rejeitada. Contudo, recolheram seus ossos e tanto de seus membros como puderam, e os enterraram decentemente.

Severo, recuperado de uma grave doença pelos cuidados de um cristão, chegou a ser um grande favorecedor dos cristãos em geral; porém ao prevalecerem os prejuízos e a fúria da multidão ignorante, se puseram em ação umas leis obsoletas contra os cristãos. O avanço do cristianismo alarmava os pagãos, e reavivaram a mofada calúnia de imputar aos cristãos as desgraças acidentais que sobrevinham. Esta perseguição desencadeou-se em 192 d.C.

Vitor, bispo de Roma, sofreu o martírio no primeiro ano do século terceiro, o 201 d.C. Leônidas, pai do célebre Orígenes, foi decapitado por cristão. Muitos dos ouvintes de Orígenes também sofreram o martírio; em particular dois irmãos, chamados Plutarco e Sereno; outro Sereno, Herón e Heráclides foram decapitados. A Rhais lhe derramaram breu fervendo sobre a cabeça, e depois o queimaram, como também a sua mãe Marcela. Potainiena, irmã de Rhais, foi executada da mesma forma que ele; porém Basflides, oficial do exército, a quem foi ordenado que assistisse à execução, se converteu.

Ao pedir a Bassílides, que era oficial, que realizasse certo juramento, recusou, dizendo que não podia jurar pelos ídolos romanos, já que era cristão. Cheios de estupor, os da plebe não podiam ao princípio acreditar no que ouviam; porém, tão pronto como ele confirmou o que dissera, foi arrastado até o juiz, lançado em cárcere, e pouco depois, decapitado.

Perpétua, de uns vinte e dois anos, casada. Os que sofreram com ela foram Felicitas, uma mulher casada e já em muito avançado estado de gestação quando foi apreendida, Revocato, catecúmeno de Cartago, e um escravo. Os nomes dos outros presos destinados a sofrer nesta ocasião eram Saturnino, Secúndulo e Satur. No dia indicado para sua execução foram conduzidos para o anfiteatro. A Satur, Secúndulo e Revocato foi-lhe ordenado que corressem entre duas fileiras de feras, as quais os flagelavam severamente enquanto corriam. Felicitas e perpétua foram despidas para lançá-las a um touro bravio, que se lançou primeiro contra Perpétua, deixando-a inconsciente; depois se abalançou contra Felicitas, e a escorneou terrivelmente; porém não estavam ainda mortas, pelo que o carrasco as liquidou com uma espada. Revocato e Satur foram devorados pelas feras; Saturnino foi decapitado e Secúndulo morreu no cárcere. Estas execuções tiveram lugar no 8 de março do ano 205 d.C.

Cecília, uma jovem dama de uma nobre família de Roma, foi casada com um cavaleiro chamado Valeriano, e converteu a seu marido e irmão, que foram decapitados; o oficial que os levou à execução foi convertido por eles, e sofreu a mesma sorte. A dama foi lançada nua num banho fervente, e permanecendo ali um tempo considerável, a decapitaram com uma espada. Isto aconteceu em 222 d.C.

Pedro, um jovem muito atraente tanto de físico como pelas suas qualidades intelectuais, foi decapitado por recusar sacrificar a Vênus. No juízo declarou: "Estou atônito de que sacrifiqueis a uma mulher tão infame, cujas abominações são registradas por vossos mesmos historiadores, e cuja vida consistiu de umas ações que vossas próprias leis castigariam. Não, ao verdadeiro Deus oferecerei eu o sacrifício aceitável de louvores e orações". Ao ouvir isto Ótimo, pró-cônsul da Ásia, ordenou que o prisioneiro fosse estirado na roda de tormento, quebrando-lhe todos os ossos, e depois foi enviado para ser decapitado.

A Nicômaco, chamado a comparecer diante do pró-cônsul como cristão, ordenaram-lhe que sacrificasse aos ídolos pagãos. Nicômano replicou: "Não posso dar a demônios a reverência devida só ao Todo Poderoso". Esta maneira de falar enfureceu de tal modo o pró-cônsul que Nicômaco foi colocado no potro. Depois de suportar os tormento durante algum tempo, se desdisse, porém apenas tinha dado tal prova de fraqueza, caiu nas maiores agonias, caindo no chão e expirando imediatamente.

Denisa, uma jovem de só dezesseis anos, que contemplou este terrível juízo, exclamou de repente: "Oh, infeliz, para que comprar um momento de alívio a custa de uma eternidade de miséria!". Ótimo, ao ouvir isto, chamou-a, e ao reconhecer-se Denisa como cristã, foi logo decapitada por ordem sua.

André e Paulo, dois companheiros de Nicômaco o mártir, sofreram o martírio o 251 d.C. por lapidação, e morreram clamando a seu bendito Redentor.

Alexandre e Epímaco, de Alexandria, foram arrastados por serem cristãos; ao confessar que efetivamente o eram, foram espancados com paus, desgarrados com ganchos, e no final, queimados com fogo; também se nos informa, um fragmento preservado por Eusébio, que quatro mulheres mártires sofreram naquele mesmo dia, e no mesmo lugar, porém não da mesma forma, por quanto foram decapitadas.

Trifão e Respício, dois homens eminentes, foram apreendidos como cristãos, e encarcerados em Niza. Seus pés foram traspassados com pregos; foram arrastados pelas ruas, açoitados, desgarrados com ganchos de ferro, queimados com tochas e finalmente decapitados, o 1º de fevereiro de 251 d.C.

Ágata, uma dama siciliana, não era tão notável pelos seus dotes pessoais e adquiridas como pela sua piedade; tal era sua formosura que Quintiano, governador da Sicilia, apaixonou-se por ela, e fez muitas tentativas para vencer sua castidade, porém sem êxito. A fim de gratificar suas paixões com a maior facilidade, colocou a virtuosa dama nas mãos de Afrodica, uma mulher infame e licenciosa. Esta miserável tratou, com seus artifícios, de ganhá-la para a desejada prostituição, mas viu falidos todos seus esforços, porque a castidade de Ágata era inexpugnável, e ela sabia muito bem que só a virtude poderia procurar uma verdadeira felicidade. Afrodica fez saber a Quintiano a inutilidade de seus esforços e este, enfurecido ao ver seus desígnios perdidos, mudou sua concupiscência pelo ressentimento. Ao confessar ela que era cristã, decidiu satisfazer-se com a vingança, ao não poder fazê-lo com a paixão. Seguindo ordens suas, foi flagelada, queimada com ferros candentes, e desgarrada com aguçados ganchos. Tendo suportado estas torturas com admirável fortaleza, foi logo colocada nua sobre brasas misturadas com vidro, e depois devolvida ao cárcere, onde expirou o 5 de fevereiro de 251.

Juliano, um ancião e coxo devido à gota, e Cronião, um outro cristão, foram amarrados às gibas de uns camelos, cruelmente flagelados, e depois lançados no fogo e consumidos. Também quarenta donzelas foram queimadas na Antioquia, depois de terem sido encarceradas e flageladas.

Teodora, uma formosa e jovem dama de Antioquia, recusou sacrificar aos ídolos de Roma, e foi condenada ao bordel, para que sua virtude fosse sacrificada à brutalidade da concupiscência. Dídimo, um cristão, disfarçou-se com um uniforme de soldado romano, foi ao prostíbulo, informou a Teodora de quem era, e a aconselhou a fugir disfarçada com suas roupas. Feito isto, e ao encontrarem um homem no bordel em lugar da formosa dama, Dídimo foi levado ante o governador, a quem confessou a verdade; ao reconhecer-se cristão, de imediato foi pronunciada contra ele a sentença de morte. Teodora, ao ouvir que seu libertador iria sofrer, acudiu ante o juiz, e rogou-lhe que a sentença recaísse sobre ela como pessoa culpável; porém, surdo aos clamores dos inocentes, e insensível às demandas da justiça, o implacável juiz condenou ambos, e foram executados; primeiro decapitados, e depois seus corpos queimados.

Rufina e Secunda eram duas formosas e cumpridas damas, filhas de Astério, um cavaleiro eminente em Roma. Rufina, a mais velha, estava prometida em matrimônio a Armentário, um jovem nobre; Secunda, a menor, a Verino, pessoa de alcurnia e opulência. Os pretendentes, ao começar a perseguição, eram ambos cristãos; porém quando surgiu o perigo, renunciaram a sua fé para salvar suas fortunas. Se esforçaram então muito em persuadir às damas a fazer o mesmo mas, frustrados em seus propósitos, foram tão abjetos como para informar em contra delas que, arrestadas como cristãs, foram feitas comparecer ante Júnio Donato, governador de Roma, onde, em 257 d.C., selaram seu martírio com sangue.

Em Utica teve lugar uma terrível tragédia: trezentos cristãos foram trazidos, por ordem do governador, e colocados em volta de um forno de cozimento de cerâmica. Tendo preparado as brasas e incenso, foi-lhes ordenado que, ou sacrificavam a Júpiter, ou seriam lançados no forno. Recusando todos unânimes, pularam valorosamente na fossa, e foram de imediato asfixiados.

Marco e Marceliano eram gêmeos, naturais de Roma, e de linhagem nobre. Seus pais eram pagãos, mas os tutores, aos quais tinha sido encomendada a educação dos filhos, os criaram como cristãos. Sua constância aplacou finalmente os que desejavam que se convertessem em pagãos, e seus pais e toda a família se converteram a uma fé que antes reprovavam. Foram martirizados sendo amarrados a estacas, com os pés traspassados por pregos. Depois de permanecer nesta situação um dia e uma noite, seus sofrimentos foram terminados com umas lanças que traspassaram seus corpos.

Zoe, a mulher do carcereiro, que teve a seu cuidado os mártires acabados de mencionar, foi também convertida por eles, e foi pendurada numa árvore, com um fogo de palha aceso embaixo dela. Quando seu corpo foi descido, foi lançado num rio, com uma grande pedra amarrada a ele, a fim de afundar.

No ano 286 de Cristo teve lugar um fato além de notável. Uma legião de soldados, que consistia seis mil setecentos e seis homens, estava totalmente constituída por cristãos. Esta legião era chamada a Legião Tebana, porque os homens tinham sido recrutados de Tebas; estiveram aquartelados no oriente até que o imperador Maximiano ordenou que se dirigissem às Gálias, para que ajudassem contra os rebeldes de Borgofia. Passaram os Alpes, entrando nas Gálias, sob as ordens de Mauricio, Cândido e Exupernio, seus dignos comandantes, e no fim se reuniram com o imperador. Maximiano, para este tempo, ordenou um sacrifício geral, ao que devia assistir todo o exército; também ordenou que se devia tomar juramento de lealdade e ao mesmo tempo que se devia jurar ajudar à extirpação do cristianismo nas Gálias. Alarmados ante as ordens, cada um dos componentes da Legião Tebana recusou de maneira absoluta a tomar os juramentos prescritos. Isto enfureceu de tal modo a Maximiano que ordenou que toda a legião fosse dizimada, isto é, que se selecionasse um de cada dez homens, e matá-lo a espada. Tendo executado esta sanguinária ordem, o resto permaneceu inflexível, tendo lugar uma segunda dizimação, e um de cada dez homens dos que sobravam foi também morto a espada. Este segundo castigo não teve mais efeito que o primeiro; os soldados se mantiveram firmes em sua decisão e em seus princípios, mas por conselho de seus oficiais fizeram um protesto de fidelidade a seu imperador. Poderia pensar-se que isso suavizaria o imperador, mas teve o efeito contrário, porque, encolerizado ante a perseverança e unanimidade que demonstravam, ordenou que toda a legião fosse morta, o que foi efetivamente executado pelas outras tropas, que os despedaçaram com suas espadas, o 22 de setembro de 286.

Aqui está a quantidade de sangue derramado, que com certeza terão que prestar conta ante ao nosso Senhor. Mas, fica para nós este exemplo de realidade que nunca foi motivo de algum tipo de murmúrio ou decepção por parte destes irmãos; nunca se acharam abandonados ou rejeitados pelo Senhor, pelo contrário se acharam dignos de sofrer pelo Senhor e certamente receberão muitos galardões. E para nós ficam seus exemplos de coragem, amor e dedicação pelo Senhor que os comprou e os constituiu.
Se um dia formos colocados a prova como estes irmãos o foram, espero que não envergonhemos ao senhor, mas ao contrário nos dediquemos de igual modo a glorificar o nosso Senhor com até mesmo nossas vidas, e que um dia juntos com estes fieis irmãos possamos cheios de júbilo glorificar olhando face a face o nosso Senhor Jeus Cristo, dizendo ser Ele digno de receber para todo sempre o nosso louvor e a nossa dedicação. Se a tribulação for este palco, venha então, pois estou certo que o Senhor nos capacitará, como fez com estes e muitos outros irmãos que tem seus testemunhos diante do senhor como vencedores e fiéis. Vamos nos ajuntar na história a esses. Gozo e amor vai ser destilado, principalmente por saber que estaremos indo para estar com nosso Pai, e de perto dEle jamais sairemos. Então venha se tiver que vir, pois aquele que começou a boa obra em nossas vidas certamente vai terminar.

Tipos de Torturas Realizadas Pelos Imperadores e Papas Contra os Cristãos




















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“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

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