O profeta que anuncia: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro..." (Ml 3.10), é o mesmo que anuncia: "Deus detesta o divórcio" (Ml 2.16).
Por que o Sistema não faz uso de Malaquias 2.16 para que o número de divórcios não seja tão alarmante no nosso meio, como se tem feito de Malaquias 3.10 para que seus bolsos não sejam tão vazios?
Permitam-me sair um pouco do assunto, para explicar melhor a todos os leitores, que eu não sou contra o divórcio, porque o divórcio é bíblico, porém,só no caso de infidelidade conjugal como Jesus nos afirma: ... "Qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa da infidelidade"..mas o mesmo não esta liberado para contrair novo matrimonio..(Mt 19.9).
Mas, não iremos entrar neste detalhe, porque o meu objetivo não é este, e sim, apresentar uma comparação entre o dizimar e o divórcio, para percebermos de perto a hipocrisia do Sistema atual, evitando praticarmos o mesmo.
Vejamos:
Ensinam que a pessoa deve dizimar, mesmo que não tenha condições de fazê-lo, mas deve dizimar pela fé, porque Deus abrirá as janelas dos céus e derramará bênçãos sem medida, conforme Malaquias 3.10. Hipócritas! Devemos também ensiná-los que devem viver com a mulher que têm desde os dias de sua mocidade, mesmo que não tenham condições de fazê-lo, mas devem viver juntos pela fé, porque Deus também abrirá as janelas dos céus neste sentido, e derramará bênçãos sem medida, sobre a união do casal, evitando assim o divórcio conforme Malaquias 2.15,16.
Não sei se você tem observado, que a cobrança da fé em relação aos dízimos tem sido sem misericórdia por parte do Sistema. Esquecendo do que Jesus falou: "Ide, pois, e aprendei o que significa: misericórdia quero, e não sacrifícios (Mt 9.13). Quando o próprio Sistema não consegue pôr em prática esta mesma fé em relação a seus casamentos. Bem falou Jesus a este respeito dizendo: "Hipócritas! Tira primeiro a trave do teu olho (a falta de fé em relação a teu casamento); e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão (em relação a fé que é cobrada dos irmãos quando se trata dos dízimos)" (Mt 7.5).
Sabe por que o Sistema não faz uso constante de Malaquias 2.16 a respeito do divórcio, como tem feito de Malaquias 3.10 a respeito do dízimo, quando ambos anúncios são do mesmo profeta? É porque a maioria deles são divorciados (ou pretende divorciar-se) e casados pela segunda vez, com mulheres que possuem a metade de suas idades, alegando incompatibilidade de gênio para esconder o seu verdadeiro motivo recebendo o apoio de homens (convenção) que está na mesma situação, como disse Jesus: ... "Vós que recebeis glórias uns dos outros e não buscais a glória que vem de Deus" (Jo 5.44).
Paulo prossegue: "Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo" (Gl 1.10).
Judas também: "... Adulando pessoas por causa do interesse" (Jd 16).
Quando o assunto é divórcio eles não lembram do profeta Malaquias 2.16, mas quando se trata de dízimos, duvido que o Sistema esqueça Malaquias 3.10.
Malaquias 3.10 é o texto mais conhecido nestes últimos dias, não é necessário ser sábio, e sim observador para notarmos que este é o mais citado durante as reuniões. Será que não chegou a hora de virar o disco?
Um outro problema que enfrentamos atualmente, é quando o Sistema ganha uma alma para Jesus, ou melhor para sua denominação. A primeira coisa que ele procura fazer é escravizar essa pessoa, levando-a a dizimar através do medo para que o sustento do Sistema seja garantido, e neste caso, essa pessoa torna-se duas vezes mais filha do inferno, devido a LEI e o jugo que lhe é colocado, tornando-se muito maior do que quando estava no mundo. Jesus falou a esse respeito, dizendo: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito (um gentio convertido ao judaísmo); e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós" (Mt 23.15).
O Sistema, também, faz uso constante de Mateus 22.21, onde está escrito: ... "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus", nos constrangendo muitas vezes a dar
o dízimo, utilizando-se deste versículo.
O que vem a ser dai a César o que é de César? Se olharmos para o contexto, veremos tratar-se do imposto a ser pago ao governo. Pergunto! O Sistema tem obedecido a palavra do mestre neste sentido? Será que declara no imposto de renda tudo quanto tem recebido ou tudo quanto possui? É claro que não! Não vou citar o que sei para não escandalizar o leitor, pois meu objetivo não é este, mas fazer você compreender melhor a verdade das Escrituras com a ajuda do Espírito Santo, para você deixar de ser do minado e manipulado por homens, como eu fui durante anos.
O Sistema deve dar a César o que é de César, como está escrito: ... "A quem imposto, imposto"... (Rm 13.7), ou melhor, dar ao governo o que é do governo e isto só se faz através da declaração do Imposto de Renda, e não tirar só parte do texto que diz: Dai a Deus o que é de Deus, referindo-se aos dízimos como muitos entendem.Porque sabem que esta parte é a que os mantém em segurança. Pois os tais atam fardos pesados e difíceis de suportar, quando eles mesmos não conseguem movê-los nem com o dedo. Jesus também nos alertou sobre isto dizendo: "Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e os fariseus (Falso Sistema). Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, (constrangem os irmãos pelo medo, no uso de Malaquias 3.10 a dizimar todo o mês) e os põem aos ombros dos homens; (da igreja) mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los (não dizimam e nem declaram no imposto de renda tudo o que receberam durante o ano, não cumprindo o texto de Mateus 22.21 que eles usam para a igreja, em relação aos dízimos,que diz: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus", quando eles mesmos não fazem em relação ao governo). Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; (obras sociais que são divulgadas através de rádios e televisão) gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, (nas convenções) das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Mestre" (Mt 23.2-8).
Outros que chegaram ao melhor entendimento da graça, alegam que devemos dizimar por amor, uma vez que não existe mais maldição porque Cristo já levou e vivemos na graça.O dízimo passa a ser uma forma de agradecimento. Isto também não é verdade, senão teríamos de nos circuncidar por amor, uma vez que estamos na graça. Paulo foi muito taxativo ao dizer: "E de novo testifico a todo o homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a LEI" (Gl 5.3). Observamos pelo texto que Paulo já havia falado várias vezes sobre isto, ao dizer: ..."de novo testifico...". Se compararmos o texto, veremos que é o mesmo que dissesse: Todo o homem que continuar dizimando estará obrigado a guardar toda a LEI. Porque neste caso teríamos que guardar os seiscentos e treze mandamentos da lei judaica, unicamente por amor, e isto não podemos fazer, porque assim, estaríamos anulando a graça de Deus.
Ainda existe um grupo que chega a dizer que a carne é o diabo. Ora, se a carne é o diabo, Deus não está interessado em receber dízimos do diabo. Além disso, quando Abraão deu "o dízimo" a Melquisedeque, ambos encontravam-se em "carne" (velho Adão), que era uma prefiguração daquele que é perfeito e que havia de vir - Jesus Cristo - o qual já veio e crucificou o velho Adão na cruz do Calvário. O apóstolo Paulo nos adverte: "Por isso, daqui por diante, a ninguém conhece mos segundo a carne; e ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora, já não o conhecemos desse modo" (II Co 5.16). E como será que Cristo quer ser conhecido? Como ressuscitado, é claro! Vejamos:"Assim meus irmãos, também vós morrestes relativamente à LEI por meio do corpo (carne) de Cristo,para pertencerdes a outro, aquele que ressuscitou..." (Rm 7.4). ; Se você continuar dizimando estará em adultério espiritual, porque continua casado com os dois maridos, sendo fiel dizimista com o que morreu e esperando benção do que ressuscitou, quando na graça, você está abençoado para sempre por aquele que ressuscitou e não por aquilo que você fizer por aquele que morreu (Ef 1.3). O que morreu, dizimou por você na cruz do Calvário, pagando toda e qualquer dívida para sempre no mesmo lugar (Cl 2.14).
Ainda dizem os conservadores: O Dízimo, é uma tradição que devemos manter para não transgredir.
Ora, o mesmo argumento utilizaram para Jesus em relação ao Sábado (Mc 2.24), e do Lavar as Mãos antes do comer (Mt 15.2).Porque o Sábado fazia parte da Torá (lei judaica) e o Lavar as Mãos fazia parte da Halaká (comportamento judaico).
Veja o que o dinheiro faz,a ponto de esquecerem que, tanto o Dízimo como o Sábado e o Lavar as Mãos eram tradições Judaicas e não Gentílicas.
O Dízimo passou a ser a única tradição judaica que o Sistema vem mantendo até hoje no seio da Igreja Gentílica. Você não acha isto um absurdo? Você nunca parou para pensar? É claro que sim!Só faltava-lhe coragem e respaldo bíblico, devido ao tempo que passou no Sistema recebendo uma lavagem cerebral religiosa neste sentido. Você sabe porque o Sistema vem mantendo esta tradição? É porque o Dízimo é chamado a galinha dos ovos de ouro do Sistema. É a única tradição que traz estabilidade financeira, não para Deus, como eles afirmam, porque Deus além de ser soberano, está no controle de tudo, e não necessita do seu dinheiro. O apóstolo Paulo afirma o que estou dizendo: "Nem tão pouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é que dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas" (At 17.25). Mas, como estamos na graça, o dizimar ou deixar de dizimar, não passa de rudimento fraco e pobre.
Rudimento fraco e pobre, no dizer de Paulo, é algo sem muita importância, alguma coisa para a qual não se deve dar muito valor, princípio que tem algum significado só para a pessoa que o observa em sua vida, mas que aos olhos de Deus não tem valor fundamental. Portanto, pode ser observado ou pode ser deixado de lado, não acrescentando nada de importante para quem o observa, a não ser para o SISTEMA e a sustentação da Igreja como organização, não como organismo, este é sustentado exclusivamente pelo Espírito Santo (At 9.31), uma vez que Paulo não usou deste direito: "Logo, qual é a minha recompensa? é que pregando o evangelho, eu faça GRATUITAMENTE, para não USAR em ABSOLUTO DO DIREITO NO EVANGELHO" (I Co 9.18). Paulo aqui adverte, que receberão recompensa aqueles que pregam o evangelho sem nada receber em troca.
O Sistema sabe que esta estabilidade ou seja, o Dízimo, o chamado a galinha dos ovos de ouro, não se faz necessário viver por fé, porque a galinha põe ovos sem parar, bastando apenas atingir o número de membros necessário para atender seus objetivos,e de cada membro,arrecadar 10% pelo uso do constrangimento e o medo do devorador. Porque não são capazes de viver por fé, ou seja, pelas ofertas e contribuições voluntárias como nos aconselha o apóstolo Paulo em II Coríntios 9.7. Por este motivo, não sabemos discernir o verdadeiro interesse do Sistema atual quando arrebanham ovelhas para suas de nominações,se arrebanham visando o reino de Deus ou se arrebanham visando os 10% de cada ovelha. Uma coisa eu sei: se estivessem visando o reino de Deus, não haveria tantas guerras e contendas. Diz Tiago: "Donde vêm as guerras e contendas entre vós?" (Tg 4.1,2). Em outras palavras, farinha pouca meu pirão primeiro. Por causa da tradição do Dízimo, a graça de Deus é invalidada no seio da Igreja Gentílica. A qual Deus nada falou ou recomendou que se desse Dízimos.
O Sistema esqueceu o que Jesus disse: "Que o Filho do homem até do Sábado é Senhor" (Mc2.28), quanto mais do Dízimo e dos Lavar as Mãos.
O Sistema deve entender que a Igreja não é casa de negócios (Mt 21.12,13). É a noiva de Cristo (Is 49.18). E também não é uma organização, é o corpo místico de Cristo como organismo (I Co 12.27). Isto me faz lembrar de Aristóteles, que criou o Organon, com a finalidade de combater os sofistas da época. Homens que não tinha compromisso com a verdade, só pensavam em ganhar dinheiro. Hoje, seria o Sistema atual, que tem transformado suas denominações em pequenas, médias e grandes empresas, como está escrito: "Ai deles! Porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré. Estes são os escolhos em vossos ágapes, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas". (Jd 11,12). Fazendo de Malaquias 3.10 uma verdadeira rede por onde pescam as riquezas dos homens para uso de sua própria mordomia, e dizendo que é para a obra de Deus. O Ministério foi transformado em grandes empresários, onde os Dízimos são negociados, abusados, trocados e vendidos. Os templos foram transformados em fontes de empregos, onde os pastores são patrões e as ovelhas funcionários, onde se tem carteiras assinadas, em lugar dos cartões de membros. Onde multidões dizem procurar Jesus, quando na realidade, estão em busca de empregos que estas empresas oferecem para estabilidade de suas próprias vidas seculares. A este respeito, falou Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão (o emprego) e vos saciastes (estabilidade financeira). Trabalhai, não pela comida que perece (não pelo emprego), mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o filho do homem vos dará... (não o pastor da igreja)" (Jo 6.26,27).
O Sistema está tão bem organizado neste sentido, que até nos seminários surgiu uma disciplina com o nome: Administração Eclesiástica. Onde se diz que pastorear é mais que presidir, é administrar com eficiência os negócios do reino de Deus. Quando não passa de uma hipocrisia, porque na realidade, é para melhor administrar suas empresas transformadas em pequenos impérios vaticanos, onde pretende eleger um homem para ser presidente do país e, assim, possa manter o Sistema e sua cúpula com a mesma tradição. Enquanto não conseguem, escondem-se por trás de uma máscara filantrópica, para serem isentos de impostos. Isto nunca foi o reino de Deus; Paulo declara em Romanos 14.17 que o verdadeiro reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo.
Quem estudou no seminário teológico, e teve em seu currículum como disciplina a história da igreja, sabe que a história se repete. O próprio rei Salomão falou que não há nada novo debaixo do sol, tudo se repete (Ec 1.9). Na Idade Média, na época de Lutero, foi decretado pelo papa que as indulgências fossem divulgadas em termos mais amplos do que o normal, porque o papa da época tinha o projeto de construir a grande catedral de São Pedro em Roma. E todos teriam o privilégio de participarem desta construção através de suas contribuições, e assim, estariam honrando a Deus e contribuindo para a sua obra. Diziam ainda que, esta indulgência não era uma indulgência comum, pois todos que chegassem a contribuir, fariam parte de todas as missas rezadas, até o final dos tempos, e estariam sob a proteção papal, inclusive os seus familiares falecidos.
Foi por este motivo, que Lutero recebeu o nome de falso profeta da iniqüidade, e de inimigo da igreja, dentro da própria igreja. Tudo porque as suas 95 teses iam de encontro às contribuições da época medieval, isto é, as indulgências, as quais, enchiam as barrigas dos monges pertencentes ao Sistema.
Tenhamos fundamentos bíblicos, tendo sempre o cuidado de comparar as doutrinas e as práticas do Sistema com as Escrituras. Vejamos um exemplo prático com as seguintes perguntas:
Na época de Lutero (Medieval) qual o meio utilizado pelo Sistema para obter as contribuições dos fiéis?
R - As indulgências.
Como faziam isto?
R - Diziam: estas indulgências são para Deus, elas irão tirar almas do inferno e levá-las para o céu.
C O M P A R E.
Na época atual, qual o meio utilizado pelo Sistema para obter as contribuições dos fiéis?
R - Os dízimos.
Como fazem isto?
R - dizem: estes dízimos são para Deus,eles irão fazer com que Deus abra as janelas dos céus com bênçãos sem medidas. O gafanhoto e a traça não atacarão os bens dos dizimistas.
Hoje, no meio evangélico, quem atua no lugar do papa é o Sistema (convenção). Quando se tem um projeto, é decretado entre os irmãos a divulgação do Dízimo, no lugar das indulgências, em termos mais amplos do que o normal. E passam a dizer o mesmo que o papa dizia em relação a catedral de Roma. Dizem eles: Todos têm o privilégio de participar deste projeto, através de suas contribuições, e assim, estarão honrando a Deus e contribuindo com a sua obra. Este Dízimo não é um Dízimo comum, pois, todos que dizimarem estarão debaixo da proteção deste ministério. E serão abençoados, e os que não pertencem a este ministério, façam suas fichas de inscrições e passem a contribuir todos os meses com seus Dízimos e ofertas. E assim, também terão o privilégio de participar da expansão do evangelho deste ministério. E também estarão debaixo da proteção das nossas orações. Veja, o amor ao dinheiro pode levar pessoas à cegueira espiritual. Como disse Jesus: "Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco" (Mt 15.14). O Sistema está tão cego, que não consegue lembrar a história da Idade Média, quando a igreja católica teve o mesmo procedimento em relação as indulgências, continuam fazendo o mesmo com relação aos Dízimos. A ponto de esquecerem que a única proteção verdadeira é o sangue de Cristo, o qual foi derramado na cruz do Calvário, foi o único sacrifício realizado para nos salvar, abençoar e proteger. Tudo já foi pago no nosso lugar, e como pode ainda, surgir homens mortais no nosso meio, para extorquir mais pagamento. Prometendo proteção e bênção quando eles não tem nem para eles mesmos, e o que tem foi arrancado das ovelhas por falta de esclarecimento. Porque no dia em que as ovelhas forem esclarecidas neste sentido,de que irão viver estes homens.
O que estou escrevendo, se tiver razão, Deus fará ouvir esta verdade, se estiver errado não dará em nada. Prefiro escrever do que participar de uma discussão porque certamente só levaria a desunião dos fiéis. Mas, em respeito à verdade, posso dizer para àqueles que ainda têm dúvidas neste assunto, quando perguntam-me:Não havendo Dízimos, quem sustentará a igreja? O apóstolo Paulo responde a esta pergunta dizendo: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (I Co 3.11). Está claro, que o fundamento é Jesus Cristo, e não o Dízimo. Em outras palavras, Cristo não fundou a igreja baseada em Dízimos como foi o Sistema de Arão, mas, a igreja foi fundada baseada nele mesmo, conforme disse que o templo construído por mãos humanas seria destruído, mas o verdadeiro templo Jesus Cristo morto e ressuscitado, o legítimo lugar da presença de Deus, permanece para sempre. Para o cristão esclarecido, o lugar do encontro com Deus é Jesus Cristo, por isso, a igreja primitiva não se sentia vinculada a um determinado espaço, como o Sistema quer fazer hoje,conosco quando se sentem ameaçados de terem seus templos vazios por não saberem de que irão viver sem eles. E a única saída é apelar para o uso de Hebreus 10.25 que diz: "não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns...". Distorcendo-lhe o verdadeiro sentido da palavra congregação a qual não se pode aplicar a nenhuma denominação, ou a um determinado espaço.E sim ao corpo místico de Cristo, como está escrito: "E não somente pela nação, mas também para congregar num só corpo os filhos de Deus que estão dispersos" (Jo 11.52).
Jesus termina este discurso dizendo: "Hipócritas! Este povo (Sistema) honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim. Ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt 15.7,8). Por estarmos na graça, o Dízimo nada mais é do que preceitos de homens, que ficou sendo um símbolo ou uma relíquia no meio cristão, o qual foi utilizado no meio judaico, que deixou de existir quando Cristo deu o seu verdadeiro sentido.Logo, o que é símbolo não pode voltar a ser praticado, porque estaria tirando o verdadeiro sentido daquilo que já foi realizado. Para aqueles que não possuem este esclarecimento, o Dízimo passou a ser um suporte visível, quando não se tem o verdadeiro sentido da fé. O Dízimo é um verdadeiro amuleto, que sustenta uma fé enfraquecida e sem fundamento.Veja o que diz Romanos 1.17: ... "Mas o justo viverá da fé". Neste texto não encontramos nada que fale de Dízimos, mas sim, de fé. O homem vive pela fé, e por ela é justificado e abençoado. Pela fé, e não por aquilo que dizima para Deus.Viver pela fé,é viver por aquilo que Deus fez por cada um de nós, através de seu Filho, e não por aquilo que eu faça através de mim mesmo. Como o próprio Sistema tem tentado fazer durante anos no seio da Igreja, com a finalidade de assegurar sua estabilidade financeira, dentro de um padrão de vida, gozando de uma certa mordomia que ele mesmo idealizou.
Se você prestar atenção, o Sistema, durante anos, tem explorado o povo de Deus, usando todas as artimanhas da engenhosidade humana para ocultar o verdadeiro esclarecimento das escrituras sobre o dízimo, para que a igreja não conheça a verdade neste sentido, e continue debaixo de escravidão e manipulada por eles, porque sabem o que Jesus falou a este respeito: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Paulo prossegue com o mesmo ensinamento dizendo: "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou, devemos permanecer firmes, e não deixarmos que venha nos dobrar a um jugo de escravidão " (Gl 5.1). Logo, a nossa chamada é para a liberdade e não para a escravidão, e devemos entender que a liberdade a qual fomos chamados não é libertinagem como alguns chegam a pensar. Libertinagem é uma coisa e liberdade é outra. A liberdade exige responsabilidade por parte daquele que a utiliza, como Paulo nos afirma: "... Não useis da liberdade para dar ocasião à carne..." (Gl 5.13). O importante é saber que em Cristo Jesus nem o dizimar ou o deixar de dizimar vale coisa alguma(a não ser para o Sistema); mas sim a fé que opera pelo amor. Paulo diz o mesmo quando se refere a circuncisão em Gálatas 5.6.
Devido a esta tese, ir de encontro a uma tradição que o Sistema, vem mantendo durante anos no seio da Igreja, tenho sido abordado com a seguinte pergunta: Rômulo, você se julga dono da verdade? Esta mesma pergunta fizeram a Lutero na Idade Média quando ele foi de encontro às indulgências. A resposta de Lutero é a minha. Disse Lutero: "Eu tenho o direito de acreditar livremente e de não ser escravo de nenhuma autoridade eclesiástica (Sistema),e de confessar aquilo que eu julgo ser verdade, quer seja dita por um padre, (pastor) ou por um herege. Em matéria de fé, eu creio que nenhum concílio (convenção) nem papa nem outro homem comanda a minha consciência, e quando divergem das escrituras nego o concílio o papa e a todos, porque tenho a minha mente cativa aos textos bíblicos". Deus não respeita cargos, e nós servimos a Deus e não aos homens como disse Paulo:"Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo" (Gl 1.10).
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