Está claro que a igreja se multiplicava pelo auxílio do Espírito Santo, não pelo auxílio do dinheiro (dízimo), como muitos imaginam, porque perderam a direção do Espírito, neste sentido, por amor ao lucro. A igreja não é uma obra social, o Falso Sistema quer transformar a igreja, o corpo de Cristo, num evangelho social ou numa organização social, onde venha depender do sistema econômico e político deste mundo, área esta, exclusiva do anticristo, o qual sairá deste meio. Como está escrito: "Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora. Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestassem que não são dos nossos" (I Jo 2.18,19).
Paulo nos afirma: "Porque o Reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz e na alegria do Espírito Santo" (Rm 14.17). Caso contrário procurarão a igreja apenas com interesse de receber algo para o estômago. "Respondeu-lhes Jesus: em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o filho do homem vos dará"... (Jo 6.26,27).
Jesus aqui, manda a igreja trabalhar, não em obra social (comida que perece), mas na divulgação do ensino da palavra de Deus, que é a única comida que permanece para a vida eterna. "Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mt 24.35).
Veja o que acontece com o SISTEMA que perde o alvo, fazendo do verdadeiro evangelho de Cristo um evangelho social, quando este tem como principal objetivo ganhar almas para o Reino de Deus e não para a sua denominação com proveito próprio como era a preocupação de Judas: "Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que havia de trair disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?" (Jo 12.4,5). A preocupação de Judas quanto a este sentido é porque ele era ladrão como nos afirma o apóstolo João: "Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidados dos pobres, mas porque era ladrão, e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava" (Jo 12.6).
Um outro exemplo, encontramos com Marta e Maria: "Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe pois, que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10.40-42). O que Marta queria era agradar Jesus com o que fazia, e Maria com o que aprendia.
O SISTEMA atual, está tão preocupado em como agradar as pessoas para que elas permaneçam ou se cheguem à igreja, ao ponto de esquecer o que Jesus falou:... "Uma só coisa é necessária, e Maria escolheu a melhor parte em conhecer a palavra de Deus, a qual não lhe será tirada" (Lc 10.42). Se não tomarmos cuidado, substituiremos muitas coisas que podem parecer boas e legítimas, mas não é a palavra de Deus.
Paulo manda Timóteo fugir destas coisas, e seguir a justiça, a GRAÇA, a fé, o amor, a constância, a mansidão (I Tm 6.11), para não seguir o caminho de Balaão, que usou o dom de Deus para ganhar fama, honra, dinheiro e posição, fazendo do povo de Deus negócio (Nm 22.16,17). É justamente o que o sistema do anticristo faz hoje: se utiliza do título de pastor, que não é um título, é um dom ministerial (Ef 4.11), "Exclusivo dos verdadeiros ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus" (I Co 4.1), onde Pedro, Paulo e Judas nos advertem quanto a isto: "E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras" (II Co 11.15). "Também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita"(II Pe 2.3). "Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré. Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas e sem frutos, duas vezes mortas, desarraigadas" (Jd 11,12).
Os tais se utilizam desta posição para fazerem o que querem, tudo pelo amor ao dinheiro, e a posição onde, no corpo de Cristo não há lugar para o dinheiro, posição e competição. "Porque tudo é vosso e vós de Cristo, e Cristo de Deus" (I Co 3.23). E não é por força é pelo Espírito (Zc 4.6).
Jesus também ensinou uma grande lição durante a oferta da viúva aos seus discípulos. Demonstrando que no seu ministério da GRAÇA não há lugar no que fazemos, e sim, como fazemos. Paulo afirma: "A obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo; e o fogo provará qual seja a obra de cada um" (I Co 3.13).
Enquanto os discípulos observavam a quantidade das contribuições, o Senhor Jesus observava a qualidade das mesmas, Ele não estava interessado na quantidade do dinheiro que entrava no cofre das ofertas, (que é o atual interesse do sistema).
A prova desta verdade foi a contribuição daquela viúva, a quantidade que ela deu foi insignificante, não dava para comprar nada de valor para o templo, (quando muitos estão preocupados hoje com isto), nem tão pouco sustentar qualquer sistema com aquele dinheiro, em relação as quantidades exorbitantes que os ricos depositavam que comprariam qualquer coisa de valor para o templo, e sustentariam qualquer sistema (Mc 12.41-44).
Na GRAÇA, Deus não está interessado na quantidade da contribuição, e sim, na multiplicação da contribuição, quando esta chega às suas mãos com amor e alegria. Nós temos este exemplo na multiplicação dos pães e peixes quando estes chegaram as suas mãos com fé, amor, alegria, e dependência total do Senhor Jesus. "Disse Jesus a Filipe: onde compraremos pão, para estes comerem? mas dizia isto para o experimentar; pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu Filipe: duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco. Não temos senão cinco pães e dois peixes" (Jo 6.5-8). Jesus primeiro experimentou-os, se eles apelariam para os recursos humanos ou divinos. A resposta de Filipe foi: Não temos tanto dinheiro assim para alimentar toda esta gente. Depois observamos o que Deus pode fazer com a quantidade da contribuição, apenas cinco pães e dois peixes saciaram cinco mil homens e recolheram doze cestos. Deixemos a quantidade da contribuição para o Falso Sistema, o qual está interessado: como viver, de que viver, no competir e no apresentar o melhor templo. Como disse Jesus: "Gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Mestre" (Mt 23.6,7).
Se Jesus perguntasse ao sistema atual: onde compraremos pão, para estes comerem? o sistema apelaria para os recursos humanos dizendo: vamos tirar os dízimos e as ofertas ou pedir a algum político, porque é impossível fazer a obra sem dinheiro. O Sistema esquece das palavras do Mestre: ... "Porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). Não é sem o dízimo, é sem Jesus que nada podemos fazer. Não devemos depender deste mundo para fazermos a obra de Deus, e sim, do poder do Espírito Santo. Paulo nos ensina como devemos viver neste mundo: "E os que usam deste mundo, como se dele não usassem em absoluto, porque a aparência deste mundo passa" (I Co 7.31).
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