Armadura de Deus

segunda-feira, 4 de maio de 2009


Em Efésios 6:13 a 17 diz:
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

O cinto da verdade é a sustentação da armadura. "Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade" (v. 14a). Cingir-se com cinto tem a conotação de estar pronto para a ação, neste caso para a luta contra os principados e potestades; mas é necessário que nos cinjamos com a verdade, a qual é Cristo, o qual verteu seu sangue por nós. Cingir-se da verdade é viver a vida tendo a verdade como norteadora de suas atitudes. A Verdade precisa invadir seus negócios, seus estudos, sua família, suas amizades, seu casamento e onde mais você estiver. Quanto mais conhecemos a Deus e a Seu Cristo, mais temos consciência que Ele é nossa única verdade e realidade cotidiana, em nosso andar como cristãos. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

A couraça da justiça. A couraça era a parte da armadura que revestia e protegia o peito do soldado romano, ou seja, nossa consciência. " e vestindo-vos da couraça da justiça " (v. 14b). Cristo tem sido feito por Deus nossa justificação, e dessa justiça temos sido revestidos desde que cremos; a obra de Cristo na cruz nos tem feito justos, mas em nossa luta contra Satanás, devemos ter nossa consciência limpa e protegida com a justiça de um coração reto diante de Deus e dos homens, o qual é a vida de Cristo em nós; porque Satanás constantemente está nos acusando, e não devemos permitir que essas acusações definhem nossa fé e nossa confiança no Senhor. Se nossa consciência não nos acusa, não devemos permitir que sejamos atemorizados e envergonhados pelo inimigo.

O calçado do evangelho. "Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz" (v. 15). O homem estava inimizado com Deus, mas o Senhor Jesus em Sua obra na cruz serviu de mediador para estabelecer a paz, tanto com Deus como com os homens; essa é a disposição fundamental do evangelho, com o qual devemos estar calçados e parados firmemente. Agora estamos parados sobre a rocha firme, e nessa posição entramos com confiança a participar da vida de Cristo. Devemos caminhar com o Senhor na paz que Ele nos tem conquistado; não em nossa própria paz, nem na paz dos homens. Já não caminhamos sobre a terra, como se ela fosse nossa, porque não somos deste mundo. A salvação separa aos crentes da terra suja, e nos faz livres. Além disso, nosso testemunho exige que estejamos em paz com Deus e com os homens.

O escudo da fé. "embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno " (v.16). O escudo era uma arma defensiva para o soldado romano, para se proteger tanto das flechas como dos ataques com espada, lança ou outras armas da época. O escudo é fundamental para se proteger dos ataques do inimigo. O escudo do soldado romano era de couro, ou de metal; mas o escudo do cristão é a fé. Há cristãos que carecem de fé, logo não tem o escudo para apagar os dardos de fogo e ataques do maligno, como as dúvidas, as tentações, os enredos mentirosos, as incitações e propostas ao pecado. Outros cristãos têm um escudo muito pequeno, com o qual só poderão apagar certos dardos, mas não todos, pois sua fé não é o suficientemente grande; pois só conhecem um aspecto da obra de Cristo, se é de curar para aí, se é de dons será suficiente, mas não é assim, Cristo é supremo, precisamos de fato o conhecer plenamente senão nossa fé vai sempre ser fraca comprometendo nossa segurança e de outros.

O capacete da salvação. "Tomai também o capacete da salvação" (v.17a). O capacete era a parte da armadura antiga que resguardava a cabeça e o rosto(visão), de modo que é fácil entender que, a guerra no espírito, o capacete da salvação de Deus guarda a mente do filho de Deus , seu intelecto, de ansiedades, preocupações, acusações, temores, vergonha, ameaças de Satanás, que vão diretamente dirigidas a nossa mente, para nos debilitar, nos desorientar e nos prostrar em uma situação de derrota e culpabilidade. Mas temos sido salvos por Deus em Cristo; agora somos filhos de Deus, e é Cristo quem vive em nós permanentemente. Satanás continuamente está lançando pensamentos em nossa mente. Satanás sabe que é na mente do homem onde se maquinam e perfilam todas as coisas, e por isso é na mente dos cristãos onde se vencem as grandes batalhas contra o inimigo, pois os argumentos e pensamentos pertencem à mente.Lemos em 2 Coríntios 10:3-6: "3 Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne.4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,6 e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão". Para entrar a participar nesta guerra no espírito é necessário andar conforme o Espírito; daí que as armas devem ser Espirituais, poderosas em Deus, para poder derrubar fortalezas do inimigo. Todos os que desobedecem a Deus são portadores das fortalezas de Satanás; por isso todo pensamento deve ser levado cativo à obediência a Cristo.

A espada do Espírito. "e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (v.17b). A espada É a única peça da armadura que é usada para atacar o inimigo. Cristo é o Verbo de Deus encarnado, e a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo, ou soprada pelo alento de Deus, de maneira que quando é usada a palavra específica para dar um golpe mortal e contundente ao inimigo, é o próprio Cristo falando por Seu Espírito pela Palavra. As Escrituras têm sido deturpadas e manipuladas abundantemente através da história, em tal forma que essas deturpações têm facilitado o caminho para introduzir heresias em nós a Igreja do Senhor (pessoas), contribuindo às múltiplas divisões sustentadas com aparente respaldo bíblico. Eis ai o grande perigo, que apoiados com uma falsa base bíblica, se protocolize a divisão do Corpo de Cristo. O zelo religioso não é de Deus, nem o orgulho sectário, nem a vanglória do progresso humano (prosperidade). Tudo isso tem causado muito dano à Igreja; tem se quebrado a verdadeira expressão do Corpo do Senhor. Daí que deve se usar a espada do Espírito no espírito e pelo Espírito. È muito importante nestes dias serem cultivados nossa comunhão com o verdadeiro Senhor Jesus Cristo e sua palavra. Olhando de forma a entender que existe a Sá doutrina e a falsa doutrina e só a comunhão com o Senhor vai poder nos ajudar a distinguir elas pois só ele pode nos conduzir na Verdade que é Cristo Jesus.

A oração. "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (v.18).
A oração não está relacionada dentro da armadura de Deus, mas é o elemento indispensável para receber a armadura e usá-la convenientemente no momento apropriado, pois a oração na verdade é a base de nossa comunhão com o Senhor, se nós não conversarmos com ele em todo tempo não existira relacionamento e amizade, não conheceremos sua vontade, alguns teimam em conhecê-lo apenas lendo a palavra e acabam enganados pela letra e morrem pois expressam Cristo como se ele estivesse morto e seu legado foi deixado tudo em um livro e é só o memorizar e colocá-lo em pratica que seremos um bom cristão, isso é mentira Ele está vivo e edifica sua igreja e só vai se revelar a nós mediante a nossa vida diária em sua presença em oração e santidade no espírito e pelo Espírito.

A humildade. Mesmo os que já têm experimentado alguma vitoria com a armadura de Deus ainda correm alguns perigos, e caso se descuidem, podem cair de qualquer altura de onde se encontrem; não importa o grau de maturidade espiritual que se tenha. Diz 1 Co. 10:12: "Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". O brilho da armadura pode deslumbrar o vencedor que se descuida, e em vez de fixar os olhos no Senhor, fixa em si mesmo; não tem consciência de que sua armadura não tem proteção para suas costas, onde pode ser ferido pelos dardos do inimigo, principalmente o de nome orgulho; e já ferido, vai se enchendo de certa auréola ao redor de si mesmo, e, sem se dar conta, vai se debilitando,extinguindo o Espírito de tal maneira que ao final não tem forças suficientes para sustentar a espada e o escudo (a Palavra de Deus e a fé), e como conseqüência vem o engano quanto à Palavra e quanto à fé, e começa a declarar que já não necessita usar a espada e o escudo( a vida de oração e revelação) ; e no final se despojará a si mesmo de toda a armadura.Então, qual é o remédio preventivo? Os reis, os grandes deste mundo e os cristãos orgulhosos, se cobrem com um manto de púrpura, mas o manto do cristão que quer continuar a vencer é a humildade; o manto que nos cobre as costas dos dardos da altivez é a humildade, a pobreza no espírito. 1 Pedro 5:5b-6 diz: "sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno(na sua vinda), vos exalte". A humildade é a vestidura de um escravo em aptidão de serviço. O altivo faz alarde por cima dos demais; é depreciativo. O orgulhoso se enche tanto de confiança em si mesmo, que chega o momento em que crê que já não necessita usar a Palavra de Deus, a fé e a confiança no Senhor, e a armadura em geral, e é enredado facilmente no engano de toda índole. Todo guerreiro necessita de toda a armadura de Deus, mas vestido de humildade, " 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co. 10:4-5).A guerra contra os principados e potestades não se faz com as habilidades da carne; nem com força carnal e física, nem com eloqüência natural, nem com sabedoria humana, nem derrubando às pessoas ao chão nas reuniões; não estamos lutando contra os homens. Por tanto, as armas devem ser espirituais, poderosas em Deus. Os dardos do inimigo vão dirigidos a encher nossa mente de argumentos e raciocínios que nos induzem à fofoca, à busca de faltas em nossos irmãos, à acusação, à falta de perdão, ao egocentrismo, ao juízo injusto, aos zelos e contendas, ao repúdio, à amargura, à luxúria; mas um dos mais fortes e devastadores ataques vêm do orgulho. Em troca, a Palavra de Deus nos insta a sermos "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (Rom. 12:6). Devemos estar vigilantes, porque abundam as falsas roupas de humildade. Diz Mateus 5:3: "3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus". Com este versículo, o Senhor no sermão do monte começa a descrição da verdadeira natureza dos que são aptos para participar no reino dos céus; e todas as características descritas, são o pólo oposto do cristão orgulhoso. Diante de Deus, o humilde tem a posição mais alta, porque reflete a plenitude de Deus e de Sua graça; porque Tiago 4:6 diz: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes". Então, amados irmãos, para que não nos deslumbre o brilho da armadura e nos impeça ver a verdadeira natureza do inimigo, devemos tapá-la com o manto da humildade.

O amor. Por Seu Santo Espírito, o Senhor nos tem dado dons espirituais, como ferramentas para nosso trabalho nesta era, e como antecipação dos poderes do mundo vindouro; mas o mais excelente, importante e poderoso de todas as ferramentas recebidas da parte do Senhor é o amor do Pai. Muitos, como os coríntios, buscam os dons exteriores, mas o amor é a maneira excelente de exercê-los, e é a expressão de Deus dentro de nós como vida e alento. A natureza de Deus é amor (1 Jo 4:16), e a expressão desse amor é o que nos leva a ser espirituais. Podemos ter uma magnífica compreensão da Palavra de Deus, podemos ter todos os dons espirituais, podemos compreender todos os princípios do reino, podemos possuir uma fé gigantesca, mas se carecemos do amor do Pai, nada somos. Não temos conseguido compreender, todavia, o suficiente e em sua justa medida o capítulo 13 da primeira epístola aos Coríntios. Quanto mais nos alimentamos de Cristo, mais cheios somos de Seu amor, porque Ele, que é amor, vai se apoderando de todo nosso ser; não só do espírito, mas também da alma e todas suas faculdades, e até do corpo. O Senhor tem vindo a viver dentro de nós para sempre; nunca se afastará de nós; esta é Sua casa; mas devemos buscar que Ele nos encha de Seu Espírito e de Seu amor para que lhe sejamos fiéis; Seu amor nos livra do egocentrismo, e nos faz ver mais além de nosso contorno físico. Saturados de Seu amor, poderemos ter a visão do terceiro céu, e pregá-lo. Com o amor, podemos manejar a armadura de Deus com eficácia.

Os irmãos



“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

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