Embora eu não pretenda entrar em argumentos detalhados, quero apenas dizer que esta é uma das maiores fraudes perpetradas contra igreja moderna. Ela pode também fazer parte do grande engodo dos “últimos dias”. Esta não é uma doutrina histórica da Igreja. Dizem alguns que ela teve início com a visão de uma garota de 16 anos, na Escócia, nos anos 1830, tendo sido popularizada por John Darby, o famoso líder dos “Brethren”. No excelente livro de Doug Krieger sobre as “Oito Visões de Zacarias, ele declara que “influentes partidários do Arebatamento dizem que em alguma parte do capítulo 3, e na abertura do capítulo 4 do Apocalipse, a Igreja é arrebatada. Isso é pura conjectura, repleta de espúria interpretação, opinião humana sem qualquer credencial da Escritura”.
O tempo é importante, de um modo mais sutil, pois ele governa a nossa atitude com respeito aos ”últimos dias”. A doutrina de um Arrebatamento secreto é uma perfeita armadilha à Laodicéia. Creio que ela tem contribuído mais para amolecer uma boa parte dos cristãos evangélicos bíblicos, para fazê-los dormir, do que qualquer outra doutrina que trata da profecia. Ela nos permitir continuar na boa vida, pois nos dá uma falsa ilusão de segurança. Podemos continuar na vidinha de sempre, sem planejamento algum sobre o futuro apocalíptico, confortados com o pensamento de que seremos arrebatados antes que as coisas se tornem negras demais. Este é um pensamento desejável de escapismo. Somente no moderno mundo ocidental poder-se-ia chegar a essa doutrina do “vou subir e o resto que se dane”. Para os que não acreditam em nós, esqueçam o que estou dizendo e apenas leiam a Bíblia.
Se você está convencido de que iremos subir antes da Grande Tribulação, qualquer profecia sobre os “últimos dias” não passa de um exercício acadêmico para os cristãos evangélicos. E é exatamente por isso que tantos cristãos da velha guarda não se preocupam muito com a profecia. Contudo, é bom ter essa informação, pois ela nos afeta pessoalmente. Ela também nos permite a aplicação de versos referentes a Israel ou a algum cristão “salvo” no futuro, quando este encontrar o Senhor, após a nossa partida. Sei de pastores que me contaram que em suas igrejas é proibido falar da profecia e quando eles o fazem o assunto cai em ouvidos moucos.
Se você tivesse certeza de que “o princípio das dores” e a Grande Tribulação estão a caminho e que você e sua família vão passar por ela, o que iria fazer? Faria algo diferente? Compraria uma casa maior? Um carro maior? Você tem idéia do que vai ser a Grande Tribulação? Leia Mateus 24. Você acha que tudo vai ser maravilha, simplesmente por ser um filho de Deus e que Ele vai cuidar de você? Se é assim, leia novamente Mateus 24.
Nossos ensinos dispensacionalistas nos permitem aplicar todos os versos de Apocalipse relativos aos santos, diretamente aos judeus e dos “santos da Tribulação”. Isso é ampliar a imaginação e a sã interpretação da doutrina bíblica. Certa pessoa me escreveu recentemente dizendo que passar pela Tribulação não é ter uma “bendita esperança” e que ela não está destinada à “ira de Deus”. Ora, ela confunde a Tribulação com a “ira de Deus”. Muitos dos que mantêm a nossa posição consideram o Arrebatamento como acontecendo “antes da ira de Deus”. Gosto dessa terminologia, pois o Senhor volta ao mesmo tempo em que acontece o Arrebatamento, para logo em seguida ser derramada a “ira de Deus” sobre a terra. Mais uma vez, examine uma boa porção de sites na Internet sobre o assunto do “Arrebatamento antes da ira”, inclusive o nosso.
Se você conhece a história da Igreja, sabe que a verdadeira igreja tem sido perseguida desde o princípio e ainda continua sendo, na maior parte do mundo, hoje em dia.
“Mais cristãos têm sido martirizados no século 20 do que em todos os séculos anteriores juntos (1) Pastores estão sendo aprisionados e às vezes mortos na China e em Cuba. Os crentes são proibidos de comprar ou manter propriedade na Somália. Os cristãos que testificam sobre a sua fé no Irã ou na Arábia Saudita podem ser condenados à morte por blasfêmia. Multidões têm dizimado vilas inteiras de cristãos, no Paquistão”.
O sofrimento é normal. De fato, somos informados de que teremos aflições neste mundo. Ora, se a Grande Tribulação - a maior que a Igreja poderá vir a experimentar - estiver vindo em nossa direção, num futuro próximo, pense nas implicações pessoais. Como disse um irmão, certa vez, “deveríamos viver cada dia com uma perspectiva eterna”. Será que iríamos viver hoje de modo diferente em termos de como usamos o nosso tempo, dinheiro e energia, se soubéssemos que nos próximos cinco anos a pior de todas as tribulações jamais encarada pelos cristãos iria acontecer? Penso que a Bíblia é clara no sentido de que devemos estar preparados. A profecia serve para nos admoestar e nos mover à ação. Se falharmos em agir segundo a clara admoestação profética de Deus, isso poderá nos acarretar um grave perigo, quando os eventos nos alcançarem.
Por que a Tribulação?
Conforme antes mencionado, as pessoas entendem mal a Tribulação e a confundem com a ira de Deus e o julgamento do mundo. A Bíblia diz que a igreja “não está destinada à ira” e com isso concordamos. (1 Tessalonicenses 5:9), mas também diz que “o julgamento começa pela casa de Deus” (1 Pedro 4:17). Trata-se de uma separação entre o trigo e o joio, entre ovelhas e cabritos. A tribulação sempre tem acompanhado a vida do cristão. João 16:33 diz: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Jesus, Paulo e todos os outros escritores das epístolas nos prometeram tribulação neste mundo. Isso é normal. Se a Igreja nos EUA [Brasil e outros países] não estão sendo perseguidos, conforme tem acontecido no resto do mundo, existe algo errado conosco. Não somos normais. A igreja não está mais contendendo pela verdade e pela justiça, tendo preferido tornar-se atraente ao mundo (buscador amistoso).
Além disso, Deus precisa da Igreja, porque estamos falando do Grande Julgamento e a terra inteira está sendo julgada, para em seguida vir a condenação. Entrementes, existem duas testemunhas para esse julgamento (exigido pelo próprio Deus) a Igreja e Israel. São as duas oliveiras e os dois castiçais. É essencial que as duas testemunhas, as duas expressões corporativas de Deus, ali estejam para o julgamento. Porque esta se chamará a Grande Tribulação e a Tribulação dos Santos? Parece termos esquecido completamente o que a Bíblia diz exatamente sobre a “Igreja” apóstata, e a verdadeira “Igreja”, o tem acontecido ao longo da história, porém dessa vez com mais força, sendo por isso chamada de a Grande Tribulação. Essa vai ser a hora da separação do trigo da palha - daqueles que afirmam ser cristãos versus os que estão dispostos a renunciar as suas vidas por amor do seu Senhor.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:21-23).
Quando acontecerá o Arrebatamento?
Em mais de 50 anos de vida cristã, adotei todas as posições, porém nos últimos 30 anos tenho ficado cada vez mais convencido de que a posição que devo compartilhar é o claro ensino da Escritura. Acreditamos no Arrebatamento da Igreja antes da ira, a qual vai acontecer na 70ª. semana de Daniel, antes que os castigos divinos sejam derramados sobre a terra. Qualquer leitura direta das Escrituras chave relacionadas ao Arrebatamento mostra o claro curso dos eventos. O grosso da Escritura aponta sempre na mesma direção. Escritura confirma escritura. Os que argumentam em favor do Arrebatamento Pré-Tribulacional usam uma racionalização circular, versos obscuros e parábolas, a fim de comprovar a sua posição.
Eu gostaria de comparar duas descrições e linhas de tempo da 70ª. Semana de Daniel:
1. - Mateus 24:5 e Apocalipse 6:1-2 falam do primeiro selo, quando o anticristo se levanta para conquistar através do engodo.
2. - Mateus 24:6-7a e Apocalipse 6:3-4 falam do segundo selo, sobre guerras e rumores de guerra.
3. - Mateus 24:7-b e Apocalipse 6:5-6, falam do terceiro selo, o qual traz a fome.
4. - Mateus 24:c e Apocalipse 6:7-8, tratam do quarto selo, com terremoto, morte e peste.
5. - Mateus 24:9 e Apocalipse 6:9-11 tratam do quinto selo, revelando o remanescente fiel, o qual é morto por causa do seu testemunho.
6. - Mateus 24:29, Marcos 13:24-25, Lucas 21:25 e Apocalipse 6:12-13 falam do mesmo assunto - imediatamente após a Tribulação: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas” (Mateus 24:29).
7. – Mateus 24:30-31, Marcos 13:26-27, Lucas 21:27 e Apocalipse 6:14-17 dizem todos a mesma coisa. Mateus diz que “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”.
8. - “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:14-17).
“E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram ... E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:11,12 e 15).
Fica bem explícito nestes versos que haverá esses desastres cósmicos e as trombetas, seguidos pela volta do Senhor e do Arrebatamento. Em vez de entrar em detalhes, vamos aos versos do Velho e Novo Testamentos, os quais se referem ao Dia do Senhor. (Joel 1:15; 2:1-2, 10,11,30,31; Amós 5:18-20; Isaías 13:6-13; Zacarias 1:14-2:3). Cada um destes versos se refere aos desastres cósmicos, como o escurecimento do sol, um dia de nuvens e um dia de escuridão. Um tempo de ira divina, de destruição, etc. É claro que o nosso Senhor virá no Dia do Senhor, conforme está claro na 70ª semana de Daniel e conforme se observa em Mateus 24 e Apocalipse 6.
Vejamos agora a 1 Tessalonicenses 5:1-3:
“Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão”.
Veja também a 2 Pedro 3:10-12 para o verso que fala do Dia do Senhor. Vemos que os versos acima têm em comum as trombetas. Joel 2:1 começa anunciando o Dia do Senhor, com uma trombeta. A 1 Coríntios 15:51-52 fala do Arrebatamento:
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
Uma das passagens principais sobre o Arrebatamento é a 2 Tessalonicenses 2:1:
“ORA, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele...”
Observe. Este é um dos versos principais sobre o Arrebatamento. Não existe aqui indício algum de que haja aqui um período de sete anos, entre esses dois eventos. De fato, os versos seguintes tratam da questão de quando. Eles nos admoestam a não dar ouvidos às pessoas que dizem que o Dia do Senhor ainda veio, se esses eventos não aconteceram. Vamos prosseguir com a 2 Tessalonicenses 2:2-4:
“Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”.
O que não virá? Do que se fala aqui? Deveria ficar bem claro que o Arrebatamento não poderá acontecer antes desse evento narrado em outras passagens como a abominação da desolação. A maioria das pessoas pensa que isto se refere à oferta de sacrifícios no novo templo de Jerusalém, e até pode ser, mas acho que deve referir-se à última profanação do homem na hipótese dele ser o verdadeiro templo.
Eu gostaria de concluir esta breve discussão sobre o Arrebatamento Pré-Tribulacional com outra citação de Marvin Rosenthal feita em seu livro antes citado:
“Talvez se encontre aqui o decisivo erro do Arrebatamento Pré-Tribulacional. Ele mantém a falsa esperança de um arrebatamento iminente, em vez do verdadeiro arrebatamento esperado. Por arrebatamento esperado entende-se que cada geração, a partir do século primeiro, teria sido a geração que entrou na 70ª semana de Daniel para aguardar o Arrebatamento. Mas somente a geração que realmente entrar na 70ª semana de Daniel é que irá chegar a esse tempo. Sobre essa geração diz o Senhor:
‘Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas’. Um criterioso exame destes versos nos diz que ensinar iminência (que nenhum dos eventos profetizados deve ocorrer antes do Arrebatamento) revelará que eles realmente ensinam expectação”. (Rosenthal, p. 282).
De que somos nós realmente feitos?
A Tribulação é e sempre será o teste final para a Igreja. Quando a Igreja não parece diferente de uma sociedade da qual ela faz parte, existe algo errado. A taxa de divórcios na Igreja excede a média nacional na América. Então, quantas igrejas são de fato igrejas sólidas, realmente crentes na Bíblia?
Rosenthal diz:
“Muitos que usam o nome de Cristo só desejam que a Igreja lhes conceda entretenimento, em vez de adoração. Eles esperam que a Igreja lhes dê a atmosfera acolhedora e saudável de um clube e não a filosofia de sair pelas estradas e arrabaldes, convidando pessoas (Lucas 14:22). Com algumas notáveis exceções, no momento a Igreja se encontra fragmentada, polarizada, carnal, materialista, humanista e impotente” (Rosenthal, p. 295).
Afirmar que o Senhor de modo algum vai permitir que essa Igreja morna, amante dos prazeres, auto-absorta, carnal, materialista e humanista não vai passar pela Tribulação é uma afronta a Deus e a todos os piedosos cristãos que deram suas vidas pelo Salvador.
Quando virá o fim?
No sou fanático a ponto de dizer que o mundo vai acabar e que o Senhor voltará nesta ou naquela data. Mas qualquer pessoa, inclusive Herodes, o qual poderia ter lido o Velho Testamento para saber o tempo aproximado da vinda do Messias. O Senhor censurou a Sua geração por ser capaz de prever o tempo, porém não saber discernir os “sinais do tempo”. Sabemos que não é possível saber o dia nem a hora em que o Senhor voltará e usamos esse pretexto para ignorar o óbvio. O Senhor censurou os líderes religiosos por não saberem discernir os sinais do tempo.
Muitos cristãos sentiram-se traídos, quando os “últimos dias” – os últimos sete anos não terminaram em 1988, quarenta anos após a fundação da nação de Israel. Mas a Bíblia fala que Jerusalém seria pisada pelos gentios, até o fim, e de quando a figueira florir - a Jerusalém restaurada. Sabemos que essa geração não passará até que essas coisas aconteçam (Isso está em Mateus 24, sobre a Tribulação e a volta do Senhor). Jerusalém foi devolvida a Israel em 1967, tendo se tornado oficialmente a capital de Israel, em 1981. Então, o tempo poderá começar a ser contado a partir de uma dessas duas datas. Essa opinião não é minha, mas de muitos líderes evangélicos da atualidade.
Não precisa ser um cientista para ver os sinais dos tempos, não somente em termos de guerra, rumores de guerra, fome, pestes, com os árabes pressionando Israel de todos os lados, exigindo mais terra em troca de paz. Sabemos que nos “últimos dias” haverá eventos que acontecerão antes da Grande Tribulação (quando a Rússia e os países vizinhos marcharão contra Israel). Sabemos também que a Tribulação vai começar quando Anticristo fizer um pacto com Israel para garantir a sua segurança. Portanto, ainda não chegamos lá, mas podemos estar bem próximos, sabendo o que procurar. Se você acha que vai subir no Arrebatamento e ainda estiver na terra após esses dois eventos terem acontecido, seria bom reavaliar a sua posição.
Parece que os líderes cristãos gostariam de nos proteger dessas profecias, temendo que fiquemos apavorados. Eles querem que fiquemos certos de que o Arrebatamento vai cuidar de tudo e que não precisamos nos preocupar, mas apenas confiar neles. Será que há sabedoria nisso? Não! As profecias foram escritas para que nós possamos ler e entender as mesmas. Existe uma bênção especial em Apocalipse 1:3 para quem ler, entender e se acautelar. Contudo, se ignoramos as óbvias advertências divinas, estamos correndo perigo. Sou um cristão dos últimos dias e nada existe mais importante para mim, no mundo inteiro, do que estudar e dar muita atenção à profecia. Se estes são os “últimos dias”, então a profecia se destina a você e a mim. Elas não foram importantes para um cristão que viveu há 200 anos. Mas o são para nós. No último capítulo de Daniel, ele diz que estas profecias se referem aos “últimos dias” e ficariam seladas até o tempo do fim, sendo revelada somente aos que “precisam saber”.
Tantos cristãos, alguns até bem próximos de mim, dizem: “Você não precisa se preocupar. Tudo vai ficar bem. Quando chegar a hora, o Senhor cuidará de nós”. Se assim fosse, por que Ele se daria ao trabalho de nos prevenir? Para que tantas profecias sobre os “últimos dias” estariam ocupando espaço na Bíblia? Por que iria Ele se preocupar, nos avisando que haveria um grande engodo? ... Que haveria uma igreja apóstata... Que não poderemos fazer operação alguma sem a marca da besta?... E que iremos sofrer a maior perseguição jamais sofrida pela igreja? Não entendo por que os cristãos não percebem informações tão vitais para eles!
Então, temos três grupos de evangélicos:
1. - Os da velha guarda dizendo que não devemos nos preocupar, pois a Igreja vai ser arrebatada, antes da Tribulação.
2. -Os neo-evangélicos, que afirmam que a Igreja vai exercer o domínio na terra, antes que o Senhor volte, sendo essa a condição sine-qua-non para a Sua volta.
3. - As poucas vozes clamando no deserto, como as nossas. Somos basicamente da linha antiga em nossas crenças, mas consideramos a doutrina do Arrebatamento Pré-Tribulacionalismo como perigosamente errônea. Este não é um ponto trivial, como alguns afirmam, - os pan-trib - achando que tudo pode acontecer no final. Trata-se de uma séria questão bíblica com tremenda implicação. Ela não interessou a Paulo, Martinho Lutero, Dwight Moody ... porque estes já se foram. Mas deve interessar a você e a mim. Estamos ignorando pelo menos ¼ da profecia bíblica, a qual se aplica especificamente aos cristãos e judeus dos “últimos dias”.
A maioria dos escatologistas evangélicos (pessoas que estudam os “últimos dias”), tais como Dwight Pentecost, John Woolvord e outros concordam que duas coisas devem preceder a Tribulação (a guerra de Gogue e Magogue e o Tratado do Inferno e Morte entre o Anticristo e Israel). Então, o Arrebatamento não poderia acontecer antes disso. Porém se esses dois eventos acontecerem quando ainda estivermos aqui, será tarde demais! A Igreja avançará ainda mais na apostasia. Os cristãos individuais podem não estar preparados - espiritual e praticamente. E quem está a par desses eventos, sabe muito bem que eles podem acontecer a qualquer momento.
Tudo isso está nos dizendo para levarmos mais a sério a profecia. Não leve em conta o que eu digo. Leia você mesmo. Deixe que o Senhor fale com você. Estude a Palavra. Em seguida, pergunte a você mesmo: se eu sou um cristão dos “últimos dias” como devo agir, a fim de ficar preparado? Como devo gastar estes últimos anos? O que devo fazer para ajudar a noiva a se preparar? Quais são as minhas prioridades? Com o tempo correndo tão velozmente, qual o tipo de pessoas com quem devo ficar?