sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O fim do mundo está perto?

Achei esse texto super interessante, não sei até que ponto vai a veracidade disso, mas alguns sinais são evidentes.

Bacchiocchi: Está Próximo o Último Papa?

Prezados irmãos, da última carta do Pr. Bacchiocchi, traduzi o seguinte trecho:

É o momento de assoprar a poeira das Profecias Papais de Malaquias (1094-1148), arcebispo de Armagh, Irlanda, cujo sobrenome O’Morgair, foi latinizado para Malaquias. Poucas profecias em particular chamaram tanta atenção popular como as Profecias sobre os Papas escritas por ele. Uma busca por São Malaquias no Google mostra 73.800 respostas – uma indicação do grande interesse nas profecias papais de Malaquias – interesse multiplicado pela proximidade da eleição de um novo papa.

Malaquias foi um notável reformador da igreja na Irlanda antes da invasão Anglo-normanda. Ele foi canonizado em 1190 pelo papa Clemente III. Em 1139 ele foi a Roma para receber uma comissão na igreja irlandesa pelo papa Inocente II. Enquanto esteve em Roma, supostamente recebeu uma estranha visão do futuro de 112 papas que governariam a Igreja Católica até o fim do mundo. Ele escreveu uma descrição de cada papa com duas a quatro palavras Latinas e deu a lista a Inocente, que ficou profundamente perturbado.

A natureza dessas profecias é bem conhecida. Ela consiste em 111 motes em latim, seguidos de uma declaração acerca da destruição do papado e o julgamento final. Cada mote consiste em duas a quatro palavras em latim, que supostamente são uma breve descrição profética de cada papa, iniciando por Celestino II, que foi eleito em 1143, até o fim do mundo.

A Enciclopédia Católica explica que “Todos aqueles que se puseram a interpretar e explicar estas profecias simbólicas descobriram em alguns pontos similitudes, alusões, e aplicações individuais aos papas, seja aos seus países, seus nomes, brasão de armas ou insígnias, locais de nascimento, seus talentos ou educação, seus títulos ou cardinalatos, dignidades que acumulavam, etc.” (verbete “St. Malachy.”).

As profecias papais de São Malaquias foram inicialmente publicadas em 1590 por um historiador beneditino, Arnold Wyon, que, como ocorre na tradição católica, não foram adiante. Essas profecias são similares às de Nostradamus, que viveu 40 anos antes de Malaquias. Há algum debate acerca da historicidade das profecias de Malaquias. Algumas pessoas argúem que a lista foi fabricada pelos Jesuítas nos anos de 1600. A despeito da dubiedade da origem da lista, há nela um imorredouro interesse, em parte porque alguns motes dos papas parecem combinar com os pontificados dos papas listados. Vamos olhar alguns exemplos.

Papa # 96: “Peregrinus Apostolicus” — Pio VI (1775-1799). A lenda do papa 96 corresponde ao papado de Pio VI (1775-1799), lido: “Peregrinus Apostolicus,” que significa “peregrino apostólico” ou “papa peregrino”. É interessante que em um medalhão de 1782, Pio VI descreve a si próprio como “Peregrinus Apostolicus.” A medalha comemora a viagem que o papa fez a Viena para persuadir o imperador José II a respeitar o poder papal e seus territórios.

A descrição do “papa peregrino” se aplica também à sua expatriação forçada de Roma, no final de seu pontificado. Em 1798 os exércitos do General Francês Berthier tomaram o papa como prisioneiro e levaram-no à França. Sua saúde piorou em Valença, onde ele morreu como prisioneiro, no exílio, em 22 de agosto de 1799. Nesse instante o mote “papa peregrino” encontra sua aparente aplicação, não somente na própria descrição de Pio VI, mas também por seu exílio na França. Para os Adventistas, o aprisionamento e exílio de Pio VI foi o cumprimento da profecia descrita no livro de Apocalipse 13:3.

Podemos encontrar ainda correspondência entre os motes de Malaquias e os papas do século 20. Vamos dar uma olhada em alguns deles.

Papa # 104: “Religio Depopulata”— Benedito XV (1914-1922). O mote 104, que corresponde a Benedito XV diz: “religio depopulata,” isto é, “religião despopulada”, ou “religião devastada”. O cumprimento deste mote pode ser visto no devastador impacto sobre o cristianismo do comunismo e da Primeira Guerra Mundial. O comunismo devastou o cristianismo na Rússia e a Primeira Guerra Mundial matou milhões de cristãos. O mote também pode se aplicar ao fato de que pela primeira vez na história, a cultura da Europa Ocidental não era mais predominantemente cristã, pois grande parte da população se declarava ateísta.

Papa # 105: “Fides Intrepida”— Pio XI (1922-1939). A legenda do mote 105 “fides intrépida — “fé intrépida”, descreve a coragem de Pio XI em fazer frente aos ditadores da Itália e Alemanha. Ele foi um crítico aberto do Fascismo, Nazismo e Comunismo. Ele entrou em acordo com o regime de Mussolini acerca do status da Cidade do Vaticano pela assinatura do Tratado de Latrão em 1929 – um evento interpretado pela doutrina Adventista como a cura da ferida mortal (Apocalipse 13:3, 12).

Ele também assinou uma concordata com Hitler em 1933, que proporcionou alguma proteção à Igreja Católica, enquanto Hitler a honrou. Suas críticas foram abertas contra o Fascismo e contra os planos de dominação desses ditadores. Ele é lembrado principalmente por mexer com a ira nazista com sua encíclica “Mit brennender Sorge”, ”Com Pesar Consumidor”, na qual ele critica o regime nazista.

Papa # 106: “Pastor Angelicus”­— Pio XII (1939-1958). A legenda pastor angelicus — pastor angélico”, do mote 106 é aplicado a Pio XII. Sua aplicação acende a paixão de muitas pessoas hoje, que acusam Pio XII de indiferença acerca da situação dos Judeus, de antisemitismo e de ser simpatizante do nazismo. Outros ignoram essas acusações e enxergam Pio XII como um Pastor Angélico que cuidou de todos os que sofriam. A aplicação dessa legenda é controversa e questionável.

Papa # 107: “Pastor et Nauta” – João XXIII (1958-1963). A legenda do mote 107 “Pastor et Nauta — pastor e marinheiro” descreve João XXII, porque ele foi amado como pastor pelos católicos e não católicos mais do que qualquer outro papa na história. A legenda “nauta — marinheiro,” aponta para a cidade marítima de Veneza, onde ele servia como patriarca antes de ser eleito papa.

Papa # 108: “Flos Florum” — Paulo VI (1963-1978). A legenda “Flos Florum — flor das flores” aparece em alusão ao brasão de armas do papa Paulo VI, que trazia três flores-de-lis. Este mote não lança qualquer luz sobre a natureza de seu pontificado.

Papa # 109: “De Medietate Lunae”— João Paulo I (1978). A legenda “De medietate lunae — da meia-lua” ou “da metade da lua”, descreve o muito breve pontificado de João Paulo I. Ele foi eleito papa em 26 de agosto de 1978, quando a lia estava na fase minguante, isto é, metade da lua estava visível no céu. Ele morreu 33 dias depois, em 28 de setembro, novamente quando a lua estava na fase minguante.

O dístico da frase “da meia-lua,” também pode se referir ao curtíssimo período de seu pontificado, que foi pouco maior que um ciclo lunar. Alguns vêem uma possível conexão com seu nome, Albino Luciani, desde que “Albino” pode significar “luz branca”. Ele nasceu em uma cidade denominada “Belluno”, que significa “lua bela”. A profecia de Malaquias se adequa muito bem ao pontificado de João Paulo I.

Papa # 110: “De Labore Solis” — João Paulo II (1978 – 2005). A legenda “De labore solis” pode ser traduzida por “Do Labor do Sol” ou “Do Eclipse Solar”. O papa correspondente é João Paulo II que nasceu em 8 de maio de 1920, durante um eclipse solar – uma possível conexão com a legenda “De um Eclipse Solar”. De acordo com o site da NASA/Goddard Space Flight Center Eclipse, o eclipse solar de 8 de maio de 1920 foi o maior do século 20, com uma magnitude de 0.9734.

Como o sol, João Paulo veio do Leste (Polônia). Na sua cidade natal, Cracóvia, Copérnico (1473-1543) trabalhou por anos para provar a teoria herética de que a Terra gira em torno do sol. João Paulo II circulou o globo várias vezes, pregando a grandes audiências em vários lugares. Seu pontificado foi marcado pelas constantes viagens ao redor do mundo. Malaquias escreveu “Do Labor do Sol” e combina perfeitamente com a data de nascimento e a missão de João Paulo II.

Papa # 111: “Gloria Olivae” — Próximo papa depois de João Paulo II. A legenda do mote 111 “gloria olivae — a glória da oliveira”, descreve o futuro papa que sucederá João Paulo II. Em que sentido o próximo papa será “a glória da oliveira”? Como o ramo de oliveira é melhor conhecido símbolo da paz, presumivelmente a glória da oliveira é a paz. Assim, a frase sugere que o próximo papa que sucederá João Paulo II será um homem comprometido com a promoção da paz.

Presumivelmente ele procurará estabelecer a paz entre as nações, paz entre os católicos e paz com os seguidores de outras religiões. A profecia de Malaquias, então, sugere que o pontificado do próximo papa será caracterizado por procurar e promover a paz em todo o mundo.

Se a profecia de Malaquias para o papa número 111 “gloria olivae — a glória da oliveira” é correta, podemos esperar que o próximo papa trabalhará as questões políticas e ecumênicas suscitadas pelo Papa João Paulo II. Ele será conhecido como “O Papa da Paz”, ajudando a resolver conflitos políticos entre as nações. Seus esforços pacifistas serão especialmente endereçados às religiões do mundo, cristãos e não cristãos, especialmente os muçulmanos, para aceitarem o papa como o símbolo da unidade religiosa da humanidade. Quando isto acontecer, as palavras de Apocalipse 13:3 serão cumpridas: “e toda a Terra seguirá a besta e sua imagem.”

Papa # 112 “Petrus Romanus” — Segundo Papa depois de João Paulo II. O último papa na lista das profecias papais de Malaquias é dado não por um mote, mas por um nome que não pode ser ambíguo, “Petrus Romanus — Pedro o Romano”. O nome é seguido de uma breve descrição de seu pontificado que vai até o julgamento final e a destruição da Terra. “Na perseguição final da Igreja Católica reinará Pedro, o Romano, que alimentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, depois das quais a cidade das sete colinas será destruída e um terrível juiz julgará o povo. Fim.”

Quem é “Pedro, o Romano"? Porque ele recebe um nome ao invés de um mote como os outros 111 papas anteriores? Será Pedro, o Romano alguém que nasceu em Roma ou um líder da igreja que passou a maior parte de sua vida em Roma, servindo à Cúria Vaticana? Nós não sabemos. Precisamos aguardar para ver. Mas penso que o mais significativo na frase “Pedro, o Romano” é a descrição da natureza de seu pontificado.

Como descrição de seu pontificado, a frase “Pedro, o Romano” sugere que esse papa reafirmará a autoridade papal sobre Igreja Católica. A expressão também indica que esse papa reafirmará Roma como o local do assento da autoridade da Igreja e requerer a fé e o reconhecimento “da sagrada, Católica e apostólica Igreja Romana como a mãe e mestre de todas as igrejas.” (como expresso na profissão de fé do Vaticano)

Seu predecessor, o papa da paz, enfatizará o bem e outras crenças e forçar a unidade religiosa de toda humanidade sob a liderança espiritual do Papa. Mas Pedro, o Romano, trabalhará para assegurar a supremacia da fé Católica Romana e Igreja Católica Romana sobre todas as outras religiões e denominações. Sua autoridade será sobre todos os cristãos e sobre todos os povos do mundo. Parece que a paz promovida pelo 111º. Papa será seguida por uma tempestade quando vier o último papa.

Reflexão sobre as profecias papais de Malaquias

O que temos que fazer sobre as profecias de Malaquias? Seria um sério erro atribuir a elas autoridade canônica similar às profecias bíblicas. Primeiro, porque sua origem é duvidosa e segundo, porque algumas delas não são acuradas. Ademais, a intenção dessas profecias é promover a autoridade do papa como líder religioso da humanidade. Tal autoridade é negada pela Bíblia e pode ser apenas considerada uma forma idolátrica de culto, como é evidente na igreja Católica.

O que faz da profecia papal de Malaquias fora do comum é que ela não reflete a visão católica do Fim, embora ela tenha sido escrita por um santo católico. A visão católica tradicional do fim foi formulada em seus pontos essenciais no século 15 por Agostinho, e ela permaneceu inalterada até os nossos dias. A visão augustiniana do fim é associada com a idéia moderna do progresso histórico. Em termos simples, o Reino de Deus será estabelecido nesta Terra não pela volta de Cristo e o estabelecimento de uma nova ordem, mas pela melhoria gradual do mundo sob a liderança da igreja Católica.

Em contraste, o cenário profético de Malaquias não prevê o estabelecimento gradual do Reino de Deus nesta terra sob a liderança da Igreja Católica. Ao invés disso, o papa da paz, de número 111, é imediatamente seguido por Pedro, o Romano, que trabalhará para garantir a supremacia da Igreja Católica Romana. O reino deste último papa é repentinamente terminado pela destruição do julgamento final. Este cenário apocalíptico contradiz a visão católica tradicional do Fim. Isto explica porque alguns líderes estão advertindo seus membros acerca de aceitar a visão de Malaquias sobre o fim do mundo. Por exemplo, em seu artigo intitulado “As Profecias Papais de S. Malaquias da Irlanda: Podemos Realmente Acreditar Nelas? Sean Hyland adverte Católicos a não mal interpetar a profecia por “começar a pensar que o fim do mundo está ali logo na esquina. Não apenas isto é extremamente estúpido e contrário ao próprio Cristo , mas o testemunho anônimo dado por séculos por santos católicos parecem indicar que a era de paz que virá precede o fim do mundo.” (http://www.angelfire.com/ms/seanie/papacy/malachy.html).

Justificadamente a igreja católica repudia a última profecia papal de Malaquias porque ela quer acreditar em um futuro glorioso durante a liderança papal do mundo, guiando-o a um tempo de paz e prosperidade. Mas a visão bíblica do Fim é radicalmente diferente. Paz e prosperidade serão estabelecidos não pela igreja católica antes da volta de Cristo, mas pelo próprio Cristo na Sua vinda.

Ainda, de acordo com as profecias papais de Malaquias, o próximo papa será o último para antes da destruição e o julgamento final ocorrerá durante o pontificado de Pedro, o Romano. A origem das profecias papais de Malaquias é dúbia e sua autoridade questionável. Ainda, seu cenário do fim dos tempos parece uma extensão do livro do Apocalipse. Pode estar o Senhor se utilizando dessas profecias para avisas as pessoas acerca do Dia do Julgamento? Algumas pessoas que estudam essas profecias sugerem uma resposta positiva.

Por exemplo, em seu livro The Prophecies of Malachy, (TAN Books and Publisher, 1969), Peter Bander afirma: “O que me perturba e que causa perturbação ao leitor é que depois do ‘Flor entre Flores’ isto é, depois de Paulo VI, há apenas mais três profecias. Seja lá quem for, Pedro, o Romano será o último. O tempo está se esgotando. É muito mais tarde do que todos nós estamos pensando. O fim do mundo está à nossa frente.”

Isto é uma mensagem importante que o mundo precisa ouvir. É uma mensagem profética para a qual Deus chamou a Igreja Adventista do Sétimo Dia para proclama-la ao mundo: “Temei a Deus e dai-lhe glória pois vinda é a hora de seu juízo.” (Apocalipse 14:7) Providencialmente o Senhor pode ter usado as profecias de Malaquias sobre os últimos papa para predispor o povo a aceitar a mensagem da breve volta do



“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

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