O Problema Do Orgulho

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Algumas vezes, as coisas que foram feitas com as melhores intenções não acabam bem. Podemos querer fazer a coisa certa, mas acabamos errando. Se começamos a construir sem a revelação celestial, isto pode facilmente ocorrer.
Dentro do coração de cada homem ou mulher, se esconde um pecado sinistro – o orgulho. Pode ser algo do qual não temos conhecimento, mas ele está lá. Então, quando os outros começam a
olhar para nós, quando nos honram com títulos e posições, quando o prestígio e o respeito começam a aparecer em nosso caminho, ficamos em uma posição muito perigosa.
Se aceitarmos tais coisas, quando o fazemos caímos na “mesma condenação do diabo” (1 Tm 3:6). (Outra tradução diz que caímos na mesma armadilha em que o diabo caiu). Jesus não aceitou honra dos homens (Jo 5:41). Ele nunca tomou posição de autoridade terrena. Recusou-se a ser coroado rei (Jo 6:15). Ele evitou a fama, dizendo àqueles que curava, que ficassem quietos sobre o fato (Mt 8:4, Mt 9:30, Mc 7:36, Mc 8:26). O Seu exemplo deve ser seguido por nós.
Se nós também não recusarmos todas as atenções dos homens, iremos desviar do caminho de Deus. Se não aprendemos a evitar chegar a determinadas posições onde os homens olhem para nós e não
para Jesus, cairemos num erro muito grave. Ao começarmos a entender a importância da soberania de Cristo sobre o Seu Corpo, esta verdade se tornará cada vez mais evidente para nós. Se nós nos exaltamos ou permitimos que os demais nos exaltem, isto demonstra que ainda não
compreendemos a maneira de construir a casa de Deus.
No Novo Testamento, nós encontramos um conceito interessante. É a idéia de um “anticristo”. Na língua grega, esta palavra “anti” tem dois significados. O primeiro, que nos parece familiar hoje, é o significado de “contra”. Hoje, pensamos que um anticristo é alguém contra Cristo. Mas, nos dias da Igreja primitiva, esta palavra tinha um significado ainda mais
notável. Este significado é “em vez de” ou “no lugar de”. Portanto, um anticristo seria alguém que estaria ocupando o lugar de Cristo. Em vez de Jesus Cristo ser a Cabeça e a fonte de nossas
vidas, um anticristo seria alguém que O estaria substituindo neste relacionamento. Um anticristo moderno seria alguém para quem as pessoas estariam olhando em busca de direção, ao invés de olhar para Cristo.
No futuro, alguém chamado “anticristo” se sentará “no Templo de Deus, mostrando ser Deus” (2 Ts 2:4). Em outras palavras, tirando o lugar que, por direito, pertence a Deus. Então hoje, muitos estão, intencionalmente ou não, tomando o lugar de Jesus em Sua Igreja. Em vez de Jesus ser a Cabeça sobre tudo e sobre todos, eles é que se tornaram líderes.


O HOMEM TENDE À DEPENDÊNCIA HUMANA

Em segundo lugar, no meio do povo de Deus, muitos gostam de ter um líder. Jeremias 5:31 diz: “...os sacerdotes dominam pelas mãos deles [pelas próprias forcas], e o Meu Povo assim o deseja” (VRC).
Conforme vimos antes, as pessoas confiam em seus sentidos físicos. Portanto, uma cabeça humana ou um líder, é uma coisa maravilhosa para eles. Podem vê-lo, ouvi-lo e obedecer a ele. Esta é uma tendência natural da humanidade. Desde a queda de Adão e Eva, tem sido sempre assim. Seguir alguém invisível é um pouco difícil. Seguir um líder humano é muito mais fácil.
Então, é muito comum para tais pessoas, procurar e olhar para aqueles que têm um relacionamento com Jesus. Eles estabelecem um tipo de intermediário que ouve de Deus e passa as instruções para eles.
Esta pessoa procura por Deus em vez deles fazerem isso, e lhes dá conselhos, cuida de seus problemas e até mesmo faz os seus casamentos e funerais. Assim, em vez de aprender a conhecer e a seguir a Jesus, estes homens e mulheres se ligam a uma outra cabeça. Sua dependência se
fixa em uma outra pessoa. Seu foco está em algum tipo de líder para o qual eles olham, buscando alimento espiritual e direção. Este não é o plano de Deus. Esta não é a Sua Noiva. Esta não é a Sua Casa. Este não é o Seu Corpo. É um substituto humano para todas as maravilhosas coisas espirituais que Ele tem em Seu coração. Estas duas tendências – sendo a primeira a de alguém com alguma vida espiritual querendo ajudar aos outros e a segunda a de que
o ser humano prefere depender de algo tangível – trabalham juntas para criar uma situação espiritual doentia. Em vez de realmente ajudar aos outros, nós podemos estar impedindo o seu crescimento. Sem uma profunda compreensão de como construir, é possível construir algo que bloqueie o trabalho de Deus em vez de adiantá-lo. Pode até ser que o que pensamos ser um grande trabalho para o Senhor seja realmente um substituto para aquilo que Ele gostaria de fazer. Vamos examinar mais adiante esta possibilidade.
O pensamento de Deus é estabelecer um relacionamento íntimo com cada crente, a fim de que cada um possa sentir Sua liderança e segui-la em cada aspecto de sua vida. Portanto, quando queremos
ministrar aos outros, esta também deve ser a nossa meta. Nosso objetivo deve ser expor e eliminar da vida de cada crente tudo o que está impedindo seu relacionamento com Jesus.
Além disso, precisamos encorajá-los, de todos os modos, a obedecer-Lhe, a conhecê-Lo e a amá-Lo. Precisamos incentivar dentro deles a total consagração à Sua vontade e à Sua obra. Precisamos constantemente orar e considerar um encorajamento para buscar Sua face mais e mais. É nosso privilégio exibir, através de nossa vida, palavras e obras, a natureza de Jesus, de tal maneira que isto levará os outros também a uma intimidade com o Senhor. Este é o verdadeiro
ministério.


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“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

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