A Mente

sábado, 2 de maio de 2009

Vamos começar a nossa discussão falando sobre a mente. Em uma pessoa não salva, esta faculdade é usualmente a dominadora. Ef 2:3 fala do povo do mundo, que está debaixo do controle do inimigo e vive realizando os desejos da carne (i.e. do corpo) e da mente. Posteriormente, em Ef 4:17,18, lemos que “o resto dos gentios (neste caso os não salvos) andam na futilidade de suas mentes, tendo sua compreensão obstruída, vivendo alienados da vida de Deus. Assim compreendemos que, sem a vida de Deus, a única opção para o descrente é ser guiado por sua própria mente. Isto resulta apenas em trevas. Não importa o “quão iluminado” o povo do mundo possa se achar, comparado às verdadeiras realidades espirituais, é apenas escuridão. A sabedoria e inteligência da raça caída não os leva a Deus e é somente tolice às vistas Dele (1ª Cor 3:19) (1ª Cor 1:21). Quando uma pessoa vem a Cristo, portanto, ela tem um longo e “enraizado” hábito de viver de acordo com a sua mente. Isto é o que ela sempre experimentou e ela, freqüentemente, continua a viver desta forma.

Por esta razão, o Cristianismo se torna um exercício mental para ela. Supõe que “crescer em Cristo”é um processo de aprendizagem. Dependendo de sua inteligência natural e habilidade, ela começa a estudar as coisas de Deus e a ler a Bíblia com o pensamento de que, quando tiver acumulado conhecimento suficiente, estará capacitada a andar nos caminhos de Deus. Ela lê, estuda e memoriza. Talvez vá à Escola Bíblica. Compra muitos livros cristãos e acumula literatura. Consegue informação de como agir em cada situação da vida. Ela sabe “como” liderar, “como” ensinar, “como” expulsar demônios, “como” louvar, “como” discipular, “como” curar os enfermos, “como” realizar encontros, “como” lidar com esta ou aquela situação ou com esta ou aquela pessoa e muitas outras coisas. Ela se torna cheia de conhecimento sobre Deus e este conhecimento torna-se a base de seu cristianismo.
Pessoas assim têm um tipo de cristianismo racional. É um produto da mente delas. Este é o resultado de viver independente de Deus. Uma vez que “sabemos como” fazer as coisas, podemos viver e agir absolutamente sem nenhuma dependência do Espírito.

Isto é o que significa andar na alma. É confiar em nossa mente em vez do Espírito. É andar pela árvore do conhecimento em vez da árvore da vida. O “Cristianismo” produzido por este tipo de atividade não agrada ao Pai. É um tipo de imitação seca, humana, de um verdadeiro caminhar espiritual. É um esforço natural para agradar a Deus sem realmente se submeter a Ele. 1ª Cor 8:2 diz: “Se alguém julga que sabe alguma coisa, com efeito não aprendeu ainda como convém saber”.

Por favor, não me leve a mal. Muitos destes indivíduos procuram o bem. Eles têm um desejo real de agradar ao Senhor. Mas, Paulo também era assim quando perseguia os cristãos, antes de se converter. O problema não é o desejo deles, mas a sua compreensão. Boas intenções misturadas com escuridão espiritual nunca atingirão a meta de Deus. Os fariseus tentavam agradar a Deus. Eles não apenas liam as Escrituras, mas as estudavam diligentemente, todo o tempo. Mas, quando a Palavra Viva apareceu, eles estavam enredados em suas mentes humanas e não puderam reconhecê-lo. Eles se opuseram a Ele até a morte. Jesus disse a eles: “Vocês procuram as Escrituras porque nelas crêem que têm a vida eterna, mas não querem vir a mim para que tenham vida (ZOE)” (João 5:39-40). Aqueles cristãos que andam por sua própria mente, sempre falham em reconhecê-lo quando Ele aparece. Não sabendo como andar no espírito, eles ficam apenas com análises racionais, que são inúteis quando é necessário discernir coisas espirituais. Algumas vezes eles também se unem para perseguir aqueles que são dirigidos pelo Espírito de Deus. Verdadeiramente, “a mente carnal é inimiga de Deus” (Rom 8:7). Isto significa que aqueles cujas mentes estão debaixo do controle de sua vida da alma, estão em oposição ou mesmo em guerra contra tudo o que Deus está fazendo aqui na Terra.



“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

Páginas Visitadas

Contador de acesso grátis