A História se Repete. O Sistema Atual e o Medieval

sábado, 23 de maio de 2009

O Sistema da igreja medieval governava e conduzia o povo de Deus por meio da disciplina. Todos eram obrigados a confessar aos sacerdotes, pelo menos uma vez por ano, os que se confessavam tinham de fazer penitência de acordo com a gravidade das faltas. A penitência consistia em atos que envolviam sacrifícios como: flagelações, jejuns, peregrinações, etc... Sacrifícios esses que uma vez cumpridos, eram aceitos como prova do verdadeiro arrependimento. Qualquer falta com os sacramentos da igreja, a penalidade era a excomunhão, isto é, expulsão da igreja com privações dos seus ministérios. E se morresse fora da sua comunhão, importava na perda da salvação. Alguém nesta situação era considerado como condenado ao castigo eterno. Para o povo daquela época, isto constituía uma punição aterradora. O medo da excomunhão concedia terrível poder ao Sistema, para tratar com os homens em todas as suas atividades. Até mesmo grandes reis e imperadores tremiam ante esta arma terrível. O papa era o monarca absoluto da igreja. Os bispos exerciam a autoridade, mas eram todos submissos ao pontífices. Além disso, os papas exerciam uma autoridade contínua e imediata. (História da igreja cristã, pág. 115 e 167, citado por Robert Hastings Nichols).
O Sistema da igreja evangélica atual está no mesmo caminho. Como sabemos, existe um presidente da convenção geral que é equiparado ao papa, onde este ministério é que decide tudo, e domina o povo pelo medo e a disciplina, excluindo da igreja por qualquer falta que esteja em desacordo com a doutrina por ele determinadas, como fazia o Sistema da igreja medieval usando a mesma artimanha, fazendo uso da palavra, dizendo que devemos obedecer os guias espirituais e amá-los, porque foram postos por Deus, quando eles mesmos não o fizeram em relação ao papado, porque estes já haviam saído da doutrina, dando assim, margens para cada um de nós agirmos da mesma maneira quando estes saírem da palavra.
Creio que devemos fazer como fez Lutero. Ele estava num Sistema onde seus guias espirituais eram o papa, cardeais, bispos, arcebispos. Mas, quando estes guias não andavam segundo o evangelho, Lutero confrontou-os com a palavra, mostrando como Paulo que não andavam conforme a verdade do evangelho (Gl 2.14). Hoje a reforma protestante deu no que deu. Muitos se utilizavam das indulgências como forma de não perderem a salvação. Hoje se utilizam do dízimo como forma de não perderem a bênção. Dizia o Sistema da época de Lutero: "No momento em que a moeda tine no fundo do cofre, (em relação as indulgências), a alma sai do inferno para o céu".
Diz o Sistema atual: No momento em que a moeda tine no fundo do cofre, (em relação aos dízimos), a alma sai da miséria para a bênção. E assim a história se repete, ambos Sistemas, anulam a graça de Deus (Gl 2.21). Com um único propósito de encherem os bolsos, fazendo da piedade fonte de lucro (I Tm 6.5).
Por sua grande doutrina bíblica, Lutero libertou os homens do temor e, libertos do medo, foram igualmente libertos do poder da igreja medieval e conduzidos a uma religião mais sincera e profunda. Cada indivíduo ensinava ele, podia gozar de comunhão com Deus, pela fé, sem intervenção do sacerdócio da igreja. (Hoje, o Sistema diz que só o indivíduo pertencendo à uma igreja, é que pode ter comunhão com Deus, voltando assim, ao critério papal com intuito de dominar o povo).
O homem podia confessar seus pecados a Deus e dEle receber o perdão, para sua salvação, o homem não necessitava dos ritos dos sacerdotes e, portanto, não lhe devia obediência nem temor. (Como exige o Sistema, atualmente, dos seus membros). Cada um podia andar corretamente com o seu Deus, podia ser justificado por meio da fé sem se submeter às exigências da igreja papal. (Logo, uma vez que o Sistema atual está tomando o mesmo rumo do sistema papal, digamos como Lutero: Cada um pode andar corretamente, com o seu Deus, e ser justificado por meio da fé sem se submeter as exigências das igrejas atuais, quando estas saírem do evangelho segundo Cristo, e pregarem um evangelho segundo os homens, como está escrito: "Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" "Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens" Cl 2.8; Gl 1.11).
Cada homem podia entender as escrituras por iluminação da fé, e por elas conhecer a vontade de Deus, independentemente, dos ensinos dessa igreja. O Sistema da igreja atual voltou ao Sistema da igreja medieval, diz ele: Só quem tem a verdadeira revelação são os teólogos e o restante tem de seguí-los, contradizendo I Jo 2.27 que diz: "E quanto a vós, a unçã o que dEle recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; Mas como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela assim nEle permanecei".
Fiquem libertos do medo, e logo vocês serão libertos do poder da igreja do falso Sistema. Foi o que ocorreu na reforma.
Os falsos ministros prendem os seus membros pelo medo, usando o nome de Deus, quando o seu Deus é o ventre, como está escrito: "Cujo fim é a perdição, cujo deus é o ventre, e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas" (Fp 3.19).
Dizia Lutero: Estou preso à minha crença pelos textos da Bíblia, minha consciência está cativa à palavra de Deus. É justamente o que Paulo ensina em II Co 10.5. "Derribando raciocínios e todo o baluarte que se ergue contra o conhecimento (a palavra) de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência a Cristo. (a palavra)".
Dizia ainda: Não se pode comprar a bênção de Deus a qual foi conquistada por Cristo pelo seu sacrifício. (devemos tomar posse pela fé e não pelo dízimo).
Dizia ele: Sempre compare a doutrina e a prática da igreja com as escrituras. Quando a doutrina e a prática da igreja divergem das escrituras, nego ao papa, ao concílio, e a todos. Cada homem é seu próprio Sacerdote perante Deus, porque a todos foi confiada a palavra de Deus.
Digamos também o mesmo: Quando a doutrina e a prática da igreja divergem das escrituras, negamos ao dirigente, à convenção e a todos. Cada homem é responsável perante Deus, porque a todos foi confiada a palavra de Deus. O apóstolo Paulo vai muito além, diz ele: "Se até mesmo, um anjo descer do céu, trazendo um outro evangelho além do que está escrito, (não somente o negue), mas chame-o de maldito (Gl 1.8). Quanto mais um mero Sistema fundado e formado por homens que se dizem anjos de Deus, onde há disputas e corrupção de entendimento. Devido a isto, são privados da verdade, por fazerem do evangelho fonte de lucro (I Tm 6.5).
Lutero não pretendia iniciar uma nova igreja, mas sim, livrar a única igreja em que acreditava, dos erro do homem, ele ainda esperava que a igreja romana reconhecesse a autoridade suprema das escrituras. É justamente o que pretendo através desta tese, que todos reconheçam a autoridade das escrituras, e sempre procurem saber o que a Bíblia diz sobre cada assunto em pauta, principalmente o contribuir em graça segundo as escrituras, não segundo os homens. Porque a palavra de Deus nos aconselha a nunca procurarmos saber o que um profeta ou seja quem for, tenha a nos dizer, e sim, o que Deus em sua palavra nos diz. (I Rs 13.17, 18). "Se levantar-se no meio de vós profeta, ou sonhador, e vos anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses! Não ouvireis a palavra daquele profeta ou daquele sonhador; porquanto o Senhor vosso Deus vos está provando..." (Dt 13.1-3). Também nos adverte a não crer em qualquer que seja o espírito, mas provar se vem de Deus (I Jo 4.1). Colocando tudo à prova segundo a palavra, seja: visão, profecia, sonho, revelação, ensino de quem quer que seja (I Ts 5.21).
O próprio apóstolo Paulo se expõe à prova, dizendo: "Mas, ainda que nós mesmos... Vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos (Não nos considere como apóstolo)... e sim como maldito" (Gl 1.8).
Aconselho que façam com esta tese, o mesmo que fizeram os de Beréia; em relação aos ensinos de Paulo, ... "examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim" (At 17.11).
Na Idade Média, para o povo, quando afastado das igrejas significava ser cortado de Deus. Dizia John Huss: Qualquer um que tenha fé, pode regozijar-se na esperança de compartilhar da glória do Senhor Jesus em qualquer lugar. Dizia ainda: Tudo o que eu quero é andar na terra entre o povo, e ajudá-lo a entender melhor a mensagem de Deus, porque tudo o que eu creio tem sido derivado das escrituras. Devido a estas palavras, falavam que ele havia desafiado a igreja e distorcido a palavra de Deus para os seus propósitos, sendo chamado de anticristo.
O mesmo aconteceu na vida de Paulo e de Pedro. Quando Paulo tentava provar para o Sistema legalista da época que Jesus era o Messias, o chamaram de louco e herege (quem são os legalistas de hoje? São os que fazem depender de si mesmos, não de Cristo, sua salvação). Não tinham de que acusar a Paulo, porque na sua nação excedia em judaísmo a muitos da sua idade, sendo extremamente zeloso das tradições de seus pais (Gl 1.14). Instruído por Gamaliel, considerado na época um dos maiores professores. Falava vários idiomas e possuía grande cultura. No entanto disseram: "... Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar" (At 26.24), chamaram Paulo de louco por seus muitos estudos por falar a verdade das escrituras.
A Pedro chamaram de analfabeto, um simples pescador ignorante que muito mal sabia o que falava, por falar também a verdade das Escrituras.
Bem falou o Senhor Jesus a esse respeito: "Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu Senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos"? (Mt 10.25).
"Mas, a quem compararei a esta geração (Sistemas)? É semelhante aos meninos que, sentados nas praças, clamam aos seus companheiros: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores"... (Mt 11.16-19).
Se você prestar atenção, todos os que pregam a verdade das escrituras, recebem uma qualificação do Sistema, para que os filhos de Deus não ouçam a verdade e assim continuem debaixo da escravidão sendo manipulados por eles, porque sabem eles o que Jesus falou a esse respeito: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32).
Lutero também recebeu o nome de falso profeta da iniqüidade, e de inimigo da igreja, dentro da própria igreja. Tudo porque as suas 95 teses iam de encontro às contribuições da época medieval, isto é, as indulgências, as quais, enchiam as barrigas dos monges pertencentes ao Sistema.
Tenhamos fundamentos bíblicos, tendo sempre o cuidado de comparar as doutrinas e as práticas do Sistema com as Escrituras. Vejamos um exemplo prático com as seguintes perguntas:

Na época de Lutero (Medieval) qual o meio utilizado pelo Sistema para obter as contribuições dos fiéis?

R – As indulgências.
Como faziam isto?
R – Diziam: estas indulgências são para Deus, elas irão tirar almas do inferno e levá-las para o céu.

C O M P A R E.


Na época atual, qual o meio utilizado pelo Sistema para obter as contribuições dos fiéis?

R – Os dízimos.
Como fazem isto?
R – dizem: estes dízimos são para Deus, eles irão fazer com que Deus abra as janelas dos céus com bênçãos sem medidas. O gafanhoto e a traça não atacarão os bens dos dizimistas.
Observamos que ambos se utilizam da LEI, de maneira certa ou errada, isto não importa, uma coisa tenho certeza, isto não é GRAÇA.
A LEI muda o verdadeiro sentido da contribuição, levando a pessoa a contribuir pelo medo e constrangimento, acompanhado de um interesse de barganhar sempre alguma coisa ou de Deus ou dos homens. Todavia a GRAÇA nos leva a contribuir pelo amor, e não há interesse algum de barganhar nada com Deus, porque tudo nos foi dado em Cristo (Ef 1.3).
Últimas palavras de Lutero: Senhor, faça que sejamos sempre firmes na liberdade que nos deu, e permite-nos ser fiéis seguidores do evangelho que até hoje nos confiou. Não seguidores de homens ou doutrinas de homens. (seguidores de pensamentos ou filosofias de certos líderes que se dizem pastores fora da verdade).
Que nunca tenha preguiça de conferir os textos e contextos bíblicos, para não ser enganado. Porque a palavra de Deus é a única coisa que vai guardar a igreja através do Espírito Santo nos últimos dias como falou Jesus: "... Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas vindouras" (Jo 16.13). E a verdade é a que está escrita e nunca devemos ir além do que está escrito, é um conselho do apóstolo Paulo em I Co 4.6. Você observou através da história da igreja cristã na Idade Medieval que a igreja de Roma havia posto de lado a palavra de Deus, dando ouvidos ao Sistema da época, e o resultado foi a idade da ignorância neste sentido. Deus levantou Lutero e com ele os protestantes trouxeram de volta a palavra de Deus, porém os cristãos depois desta reforma, em toda a parte a negligenciaram. A ignorância, hoje, da palavra de Deus é de apavorar. Lembre-se: "Em terra de cego quem tem um olho é rei".
Por este motivo, o maior erro da humanidade, declarado pelo próprio Senhor Jesus foi: "Errais, não conhecendo as escrituras..." (Mt 22.29). Todos serão julgados não segundo que lhes fora ensinado nos púlpitos, ou o que aprenderam em outros livros, ou pelo seu modo de pensar, ou pela tradição de seus pais, avós, padres, mestres, apóstolos, pastores, papas, ou até mesmo como pensa, acha, ou imagina esta humanidade juntamente com a mídia. Muito pelo contrário, serão julgados segundo as escrituras sagradas. Jesus nos afirma isto em João 12.48. E o erro de não conhecerem as escrituras, tem sido o verdadeiro motivo dos falsos ensinos e religiões terem alastrado pelo mundo, juntamente com o falso Sistema (os filhos do diabo). Até mesmo os filhos de Deus estão sendo destruídos (sendo vítimas) porque lhes falta o conhecimento das escrituras (Os 4.6; 6.6). Não é por falta de orações, jejuns, vigílias, consagrações, batismos, ceias, ressurreição de mortos, juízo eterno, correntes, dízimos, imposição de mãos e outras coisas que o autor de Hebreus considera como rudimentos (Hb 6.1,2). Para aqueles que já deviam ser mestres em razão do tempo (Hb 5.12). É por falta exclusiva do conhecimento das escrituras. Lembre-se: Deus não tem compromisso com o homem, e sim com a sua palavra, quando este nela permanece (Os 4.6).

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“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”
(2 Timóteo 4.3)

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